São Paulo — InkDesign News — A empresa japonesa de voos espaciais privados ispace está a um passo de fazer história com sua segunda tentativa de pouso na lua, agendada para 5 de junho, às 15h17 EDT (19h17 GMT) no Mare Frigoris.
Detalhes da missão
O módulo de pouso Resilience, atualmente em órbita a 100 quilômetros acima da lua, necessitará de um ajuste em sua trajetória horas antes do pouso. A nave realizará uma queima automática do motor principal por volta das 14h20 EDT (18h40 GMT), iniciando seu descenso autônomo. O objetivo é pousar em uma vasta planície de basalto relativamente suave, o Mare Frigoris.
O Resilience, que pesa aproximadamente 1.000 kg quando totalmente abastecido, é baseado na mesma tecnologia utilizada na anterior tentativa de pouso, a Hakuto-R Mission 1, que resultou em perda de comunicação antes do toque na superfície lunar.
Tecnologia e objetivos
Entre os instrumentos a bordo do Resilience, destaca-se o rover Tenacious, desenvolvido pela subsidiária da ispace em Luxemburgo. Este rover conta com uma câmera de alta definição e um pequeno pá que poderá coletar amostras. Além disso, a missão transporta uma série de experimentos que incluem um módulo para produção de alimentos à base de algas e um experimento de eletrolisador de água.
“Desde aquele tempo, utilizamos essa experiência como motivação para prosseguir com determinação. Estamos agora à beira da nossa próxima tentativa de fazer história.”
(“Since that time, we have drawn on the experience, using it as motivation to move forward with resolve. We are now at the dawn of our next attempt to make history.”)— Takeshi Hakamada, Fundador e CEO, ispace
Próximos passos
Se o Resilience conseguir executar a manobra de pouso com sucesso, espera-se que opere na superfície lunar por cerca de duas semanas, antes de enfrentar a rigorosa noite lunar. A missão conta com o suporte da rede de comunicação ESTRACK da Agência Espacial Europeia, que facilitará a conectividade entre o módulo e o Centro de Controle de Missões em Tóquio.
Os planos futuros da ispace incluem uma nova missão em 2026, que introduzirá um módulo de pouso maior chamado Apex 1.0, que se destina a expandir o papel do Japão na economia lunar emergente.
A realização desta missão seria um marco não apenas para a equipe técnica envolvida, mas para a exploração espacial como um todo. Caso ocorra o pouso, ele representará não apenas um avanço tecnológico considerável, mas também um sinalizador do crescimento das iniciativas privadas associadas à exploração lunar.
Fonte: (Space.com – Space & Exploração)
