Investimento global precisará de US$ 6 tri até 2030 por emergência climática

Rio de Janeiro — InkDesign News — A mobilização financeira necessária para enfrentar a emergência climática e ecológica exigirá cerca de US$ 6 trilhões em investimentos até 2030, segundo a Comissão Global sobre Economia e Clima. O tema será debatido no 2º Fórum de Finanças Climáticas e de Natureza, a ser realizado no Rio de Janeiro nos dias 26 e 27 deste mês.

Panorama econômico

O cenário global atualmente apresenta desafios complexos para a sustentabilidade econômica frente às mudanças climáticas e à degradação ambiental. Nos próximos anos, decisões de política monetária e eventos fiscais terão papel crucial para alavancar investimentos verdes. O fórum no Rio de Janeiro reunirá líderes nacionais e internacionais para discutir modelos financeiros e políticas públicas que conciliem desenvolvimento socioeconômico e sustentabilidade.

Essa mobilização de recursos, estimada em US$ 6 trilhões até 2030, destaca a urgência de investimentos robustos para mitigar os riscos associados às alterações climáticas. O encontro também prepara o terreno para a COP30, marcada para novembro de 2025 em Belém, Pará, e para o encerramento da presidência brasileira no G20 e início da liderança sul-africana no grupo, assim como a presidência do Brasil no Brics.

Indicadores e análises

A Comissão Global sobre Economia e Clima recomenda que os recursos sejam mobilizados por meio de ambientes institucionais e regulatórios favoráveis, especialmente em países em desenvolvimento como o Brasil, equilibrando tecnologia e práticas sustentáveis com as vocações locais. Essa integração é fundamental para viabilizar uma economia de baixo carbono que seja socialmente justa e beneficie a natureza.

“A mobilização necessária para enfrentar a emergência climática e ecológica exigirá cerca de US$ 6 trilhões em investimentos até 2030”
(“The necessary mobilization to face the climate and ecological emergency will require about US$ 6 trillion in investments by 2030”)

— Comissão Global sobre Economia e Clima

O fórum é organizado por sete instituições da sociedade civil, entre elas Instituto Arapyaú, Instituto AYA e Instituto Clima e Sociedade (ICS), além de uma ampla rede composta por mais de 600 integrantes dos setores público e privado, da academia e da sociedade civil.

Impactos e previsões

As políticas e os investimentos em discussão impactarão setores industriais e financeiros, assim como os consumidores, com expectativas de transição acelerada para tecnologias limpas e modelos econômicos sustentáveis. A consolidação do protagonismo brasileiro nesse campo ocorre em meio a um contexto global de intensificação das mudanças climáticas e necessidades urgentes de adaptação e mitigação.

“O fórum tem ainda por finalidade consolidar o protagonismo do Brasil na transição para uma economia de baixo carbono, socialmente justa e positiva para a natureza”
(“The forum also aims to consolidate Brazil’s leadership in the transition to a low-carbon economy that is socially just and positive for nature”)

— Organização do 2º Fórum de Finanças Climáticas e de Natureza

Nas próximas reuniões e cúpulas globais, como a COP30, o Brasil e outras nações em desenvolvimento deverão aprofundar estratégias para viabilizar o investimento em sustentabilidade, com foco em resultados econômicos e ambientais igualmente significativos.

Fonte: (CNN Brasil – Economia)