
Brasília — InkDesign News — O Instituto Nacional do Seguro Social (INSS) abriu investigação interna, no dia 5 de maio de 2025, contra 12 entidades suspeitas de desvio de recursos de aposentados e pensionistas. A apuração, autorizada pelo corregedor-geral substituto José Alberto de Medeiros Landim, visa esclarecer um esquema que pode ter lesado cerca de R$ 6,3 bilhões entre 2019 e 2024.
Contexto político
A investigação decorre de denúncias levantadas pela Polícia Federal (PF) e a Controladoria-Geral da União (CGU) sobre cobranças indevidas realizadas por sindicatos e entidades associativas. O escândalo de fraudes culminou na queda do presidente do INSS, Alessandro Stefanutto, e do ministro da Previdência Social, Carlos Lupi. A rapidez na autorização do Processo Administrativo de Responsabilização (PAR), com prazo de 180 dias para conclusão, demonstra a gravidade e o empenho na apuração dessas irregularidades.
Reações e debates
Líderes políticos prometem resposta contundente; a oposição anunciou o protocolo de requerimento para criação da Comissão Parlamentar Mista de Inquérito (CPMI) do INSS. O novo presidente do INSS, Gilberto Waller Júnior, recusou reuniões com investigados por fraude, destacando a postura firme da instituição. Em entrevista recente, Waller afirmou:
“Isso está sendo estudado, por onde vem. O que a gente podia fazer para acelerar o processo de reparação do dano está sendo feito”
— Gilberto Waller Júnior, presidente do INSS
Além disso, foi criado um canal para que beneficiários possam solicitar o ressarcimento dos descontos indevidos.
Desdobramentos e desafios
Entre as entidades investigadas estão a Associação no Brasil de Aposentados e Pensionistas da Previdência Social (APBRASIL) e a Confederação Brasileira dos Trabalhadores da Pesca e Aquicultura (CBPA), entre outras. O ressarcimento aos prejudicados é compromisso da autarquia, que busca formas rápidas e sem burocracia para reparar os danos.
“O que a gente podia fazer para acelerar o processo de reparação do dano está sendo feito”
— Gilberto Waller Júnior, presidente do INSS
O processo é acompanhado à luz das consequências administrativas e políticas, com impactos amplos para a gestão da previdência e a confiança dos beneficiários.
O desenrolar dessa investigação e das ações de reparação projetam um novo momento para o INSS, que deverá aprimorar os mecanismos de controle e ampliar a transparência para restabelecer a confiança social e política na instituição.
Fonte: (CNN Brasil – Política)