
São Paulo — InkDesign News — A violência que aflige a comunidade influenciadora latino-americana se intensifica, com o assassinato de duas modelos em poucas semanas, refletindo uma problemática crescente que envolve não apenas a segurança, mas também questões de gênero e violência urbana.
Contexto e lançamento
O caso de Valeria Marquez, uma influenciadora mexicana de 23 anos, e de Maria Jose Estupiñan, uma modelo colombiana de 22 anos, surge em um cenário alarmante. Ambos os assassinatos, ocorridos com apenas uma semana de intervalo, expõem a vulnerabilidade das mulheres jovens que se destacam nas redes sociais. O assassinato de Marquez, enquanto transmitia ao vivo, e o ataque a Estupiñan, ao abrir a porta para um suposto entregador, mostram um padrão preocupante. De acordo com Bloomberg, Marquez contava com cerca de 200 mil seguidores no TikTok, o que demonstra a influência e alcance que essas jovens exercem.
Design e especificações
Os eventos tragicamente lembram a fragilidade da segurança nas vidas das influenciadoras. Em ambos os casos, o modus operandi dos agressores gerou especulações. “O agressor chegou perguntando se a vítima (Márquez) estava presente. Portanto, parece que ele não a conhecia”, disse Rodríguez, um dos promotores envolvidos no caso, o que sugere a possibilidade de que os ataques tenham sido encomendados. A tecnologia de transmissão ao vivo utilizada por Marquez, por exemplo, não apenas catalisou seu engajamento, mas também a expôs de maneira vulnerável. “Talvez eles fossem me matar”, mencionou a influenciadora momentos antes de ser assassinada, refletindo o clima de apreensão que permeava seu cotidiano.
Repercussão e aplicações
Estes crimes geraram uma onda de indignação e protestos nas redes sociais. O assassinato de Marquez durante uma livestream foi particularmente impactante, já que o momento foi testemunhado por milhares de seguidores em tempo real. “Com isso, podemos deduzir — sem tirar conclusões precipitadas — que esta era uma pessoa que foi paga. Foi, obviamente, alguém que veio com um propósito”, concluiu Rodríguez, ressaltando a gravidade da situação. A Presidenta da Comissão Nacional de Gênero da Justiça Colombiana, Magda Victoria Acosta, também expressou preocupação ao afirmar que Estupiñan estava prestes a receber uma quantia substancial como parte de um caso de violência doméstica, o que adiciona uma camada de complexidade ao caso e indica que as ameaças podem ter raízes em relações pessoais voláteis.
Diante deste cenário sombrio, os assassinatos de Marquez e Estupiñan evidenciam a necessidade de abordar a violência de gênero de forma mais abrangente, tanto em legislações quanto na atuação das plataformas sociais, que devem garantir a segurança e o bem-estar daqueles que promovem seus trabalhos online.
Fontes próximas aos casos continuam a destacar a urgência de uma resposta coletiva para reverter essa tendência alarmante, uma vez que a sociedade discute cada vez mais formas de proteger aqueles que, por meio de suas plataformas, moldam e refletem a cultura contemporânea.
Fonte: (Gizmodo – Cultura Tech & Geek)