
Brasília — InkDesign News — O Brasil registrou uma taxa de alfabetização de 59,2% entre crianças até o fim do 2º ano do ensino fundamental na rede pública em 2024, não atingindo a meta nacional de 60% estabelecida pelo governo federal. O resultado foi apresentado pelo Ministério da Educação (MEC), resultante de avaliações realizadas entre outubro e novembro do ano anterior.
Contexto educacional
O Brasil possui um histórico recente com desafios significativos na alfabetização infantil. O Compromisso Nacional Criança Alfabetizada, criado com o objetivo de garantir que mais de 80% das crianças estejam alfabetizadas até o final do 2º ano até 2030, estabelece metas intermediárias progressivas. Para 2025, a meta é de 64%. Em 2024, o estado do Rio Grande do Sul experimentou uma queda abrupta nas taxas de alfabetização, de 63,4% para 44,7%, o que impactou negativamente a média nacional.
Políticas e iniciativas
O MEC implementa diversas iniciativas para melhorar os níveis de alfabetização, focando em locais de maior vulnerabilidade. Segundo o ministro da Educação, Camilo Santana, “a queda foi muito grande: 20%. A gente espera que se restabeleça e [a situação] volte aos padrões anteriores”. O Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira (Inep) considera alfabetizados aqueles que conseguem ler e escrever pequenos textos, tendo uma compreensão básica. Em 2024, 2 milhões de alunos participaram das avaliações em 42 mil escolas, abrangendo 5.450 municípios.
Desafios e perspectivas
O Brasil enfrenta desafios estruturais na educação, incluindo desigualdades regionais que dificultam o acesso e a qualidade do ensino. Dos 5.312 municípios analisados, 3.096 (58%) apresentaram aumento na taxa de alfabetização, mas oito estados estão aquém do percentual de 50%. “Temos a lista dos municípios prioritários… e eles [secretários de Educação] estão fazendo um trabalho dedicado”, comentou Kátia Schweickardt, secretária de Educação Básica do MEC. O caminho para atingir as metas exigirá um esforço conjunto mais robusto entre estados e municípios.
O impacto esperado das iniciativas educacionais inclui um aumento gradual nas taxas de alfabetização para além dos 60% prometidos para 2024, buscando especialmente recuperar os índices afetados pela pandemia da COVID-19, o que é uma prioridade explícita do MEC. O fortalecimento das parcerias e investimentos será crucial para assegurar um futuro mais alfabetizado para as crianças brasileiras.
Fonte: (Agência Brasil – Educação)