
São Paulo — InkDesign News — O aumento de 7,2 milhões de empresas inadimplentes no Brasil representa 31% dos negócios ativos, destacando um cenário preocupante em 2025, com interferências de fatores inflacionários e juros altos que afetam o setor.
Panorama econômico
A economia brasileira enfrenta um ambiente desafiador, evidenciado pelo crescimento do número de empresas em dificuldade financeira. A Federação do Comércio de Bens, Serviços e Turismo do Estado de São Paulo (FecomercioSP) destaca que a inadimplência empresarial continua em ascensão, agravada pelo cenário de juros altos e inflação persistente. Essa conjuntura impacta diretamente a capacidade de pagamento das empresas, forçando muitas a buscarem recuperação judicial como uma alternativa para evitar a falência.
Indicadores e análises
Em 2024, o número de pedidos de recuperação judicial subiu 61,8%, totalizando 2.273 solicitações, o maior volume desde 2006. Apenas em janeiro e fevereiro de 2025, foram registrados 162 e 122 pedidos, respectivamente. Das empresas inadimplentes, 6,8 milhões são Micro e Pequenas Empresas (MPEs), acumulando 47,2 milhões de dívidas, totalizando mais de R$ 141,6 bilhões. O setor de Serviços apresenta a maior taxa de inadimplência, com 52,8% dos negócios nesta situação, seguido pelo Comércio, com 35%.
Impactos e previsões
As implicações dessa crise financeira se estendem a todos os setores da economia, afetando tanto as empresas quanto os consumidores. Apesar do mercado de trabalho aquecido e aumento real de renda em certos segmentos da população, a situação financeira das empresas permanece frágil. “A combinação de juros altos e crédito restrito tem levado muitas empresas a reconsiderarem suas estratégias financeiras”, aponta um estudo recente. Um aumento no número de pedidos de recuperação pode indicar que as empresas estão em um processo de reestruturação financeira para evitar fechamento.
“A crescente taxa de inadimplência revela uma fragilidade estrutural no mercado, que precisa ser abordada com urgência.”
(“The rising delinquency rate reveals structural fragility in the market that needs urgent attention.”)— Gabriel Galipolo, Econômico, FecomercioSP
À medida que a economia se adapta a este novo contexto, as empresas e os formuladores de políticas devem considerar medidas para estimular o ambiente econômico e facilitar a recuperação empresarial. O que se observa é um ciclo em que a recuperação e os pedidos de recuperação judicial podem se tornar uma nova norma, refletindo um mercado em constante transformação.
Fonte: (CNN Brasil – Economia)