Impacto da inteligência artificial na energia é pequeno, mas crucial

São Paulo — InkDesign News — A crescente demanda por energia impulsionada pela inteligência artificial e pelos centros de dados levanta questões essenciais sobre sustentabilidade, eficiência e as implicações no setor energético nos Estados Unidos e no mundo.
Contexto da pesquisa
A inovação em tecnologia da informação, especialmente na área de inteligência artificial (IA) e machine learning, tornou-se um motor essencial para o crescimento econômico moderno. Desde 2006, o custo das unidades de processamento gráfico (GPUs), que sustentam o poder computacional necessário para a IA, caiu impressionantes 99%. No entanto, as projeções de consumo energético dos centros de dados, que representam atualmente 4,4% da demanda total de eletricidade nos Estados Unidos, sugerem uma possível escalada nesse percentual até 12% até 2028. Este cenário exige uma reflexão sobre as práticas de gestão de energia para atender à crescente demanda.
Método e resultados
O estudo conduzido pelo Lawrence Berkeley National Laboratory destaca que, embora a eficiência energética tenha melhorado e a capacidade computacional global tenha aumentado em 550% de 2010 a 2018, a precisão em modelos de IA elevou consideravelmente os requisitos de eletricidade dos centros de dados. Em Virginia, por exemplo, 25% da eletricidade consumida é dedicada a esses centros. Assim, os desafios da eletrificação são particularmente urgentes e exigem estratégias de inovação e expansão da infraestrutura da rede elétrica.
A demanda por energia elétrica por centros de dados representa um desafio crítico que precisamos enfrentar antes de avançar em outras áreas como veículos e edifícios.
(“The electricity demand from data centers represents a critical challenge we need to address before moving forward in other areas like vehicles and buildings.”)— Nome, Cargo, Instituição
Implicações e próximos passos
À medida que a demanda por eletricidade aumenta, espera-se que 30% desse crescimento venha da eletrificação em edifícios e setores industriais, enquanto veículos elétricos representarão quase 50%. As mudanças climáticas impõem a necessidade de um “Grid New Deal” que invista em novas fontes de energia limpa, modernização da infraestrutura e estratégias de gestão da demanda. No entanto, a abordagem ética em relação ao uso de IA para explorar recursos fósseis ainda gera controvérsias e requer regulamentações adequadas.
As alegações sobre os benefícios potenciais da IA para o clima precisam ser continuamente verificadas e requerem apoio para se tornarem realidade.
(“Claims about the potential benefits of AI for the climate need to be continuously verified and will require support to be realized.”)— Nome, Cargo, Instituição
O impacto potencial da IA sobre o consumo de energia e as emissões de carbono é significativo. A capacidade de moldar novos materiais e tecnologias para melhor integrar energias renováveis é uma perspectiva animadora, mas deve ser abordada com cautela para garantir um futuro sustentável.
Fonte: (MIT Technology Review – Artificial Intelligence)