IBGE aponta impacto do benefício social no rendimento médio e inflação em 2024

São Paulo — InkDesign News — Dados recentes do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), divulgados em 8 de junho de 2024, apontam que os programas sociais do governo desempenharam papel relevante para o rendimento mensal real domiciliar per capita da população brasileira alcançar um recorde histórico neste ano, em meio ao contexto de inflação e política de juros em destaque.
Panorama econômico
O cenário econômico brasileiro em 2024 tem sido marcado por um ambiente de ajustes fiscais e monetários, com aumento da taxa de juros pelo Banco Central e desafios suscitados pela inflação persistente. Globalmente, o contexto econômico apresenta volatilidade, fator que influencia diretamente as decisões de política monetária e medidas governamentais para controle fiscal. Dentro desse cenário, o impacto dos programas sociais do governo brasileiro emergem como um componente importante para a sustentação da renda da população.
Indicadores e análises
Segundo o IBGE, o rendimento mensal real domiciliar per capita registrou, em 2024, o valor recorde de R$ 2.020, o que representa alta de 4,7% em relação a 2023. A participação dos programas sociais no rendimento domiciliar per capita apresentou leve aumento, passando de 3,7% em 2023 para 3,8% em 2024, acompanhada do crescimento da população beneficiária, que saltou de 18,6 milhões para 20,1 milhões.
O rendimento total proveniente de todas as fontes atingiu R$ 3.057, também o maior patamar da série histórica. Outros indicadores, como o rendimento habitual em todos os trabalhos (R$ 3.225) e o rendimento oriundo dos programas sociais (R$ 836), alcançaram seus maiores valores reais desde 2012.
“Entre os fatores que podem explicar tal crescimento, estão o dinamismo do mercado de trabalho nos últimos anos, com a elevação do nível de ocupação e o crescimento do rendimento médio do trabalho, inclusive nos décimos mais baixos, bem como os reajustes do salário mínimo e o recebimento de benefícios de diferentes programas sociais do governo”.
(“Among the factors that may explain such growth are the dynamism of the labor market in recent years, with the increase in the employment level and the growth of the average labor income, including in the lowest deciles, as well as the adjustments of the minimum wage and the receipt of benefits from different government social programs.”)— Gustavo Fontes, analista do IBGE
Em um movimento histórico, a desigualdade de rendimentos apresentou queda: em 2023, os 10% mais ricos recebiam 13,4 vezes o que os 40% mais pobres percebiam, o menor índice desde o início da série, que teve seu ápice em 2018, com 17,1 vezes.
Impactos e previsões
Esses números indicam o impacto positivo dos programas sociais e das políticas públicas que buscam equilibrar a renda da população, inserindo-se em um contexto de recuperação do mercado de trabalho e reajuste do salário mínimo. O crescimento do rendimento médio, especialmente entre os segmentos de menor renda, pode refletir em maior consumo e estímulo à economia interna. Para a indústria, consumidores com poder aquisitivo ampliado tendem a aumentar a demanda por bens e serviços. Entretanto, especialistas alertam para a necessidade de manutenção de políticas fiscais responsáveis para que tais avanços sejam sustentáveis.
Perspectivas futuras apontam para a continuidade das medidas de controle inflacionário e ajustes nas taxas de juros, buscando equilibrar crescimento econômico e estabilidade. O monitoramento da eficácia dos programas sociais será essencial para avaliar o impacto sustentável no aumento da renda e redução das desigualdades.
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Fonte: (CNN Brasil – Economia)