
Machine Learning e Inteligência Artificial Revolucionam Tratamentos de Saúde Mental
São Paulo — InkDesign News — Em um cenário onde machine learning e inteligência artificial (AI) se tornam centrais no tratamento de saúde mental, pesquisas recentes buscam entender como essas tecnologias podem ser integradas de forma segura e eficaz, especialmente na forma de chatbots de terapia.
Contexto da pesquisa
A crescente demanda por suporte psicológico, exacerbada por uma escassez de profissionais de saúde mental, tem levado instituições a explorar o uso de AI em aplicativos terapêuticos. A partir de 2023, estados norte-americanos como Illinois e Nevada começaram a regulamentar a utilização de chatbots para essa finalidade, levantando questões sobre a eficácia e segurança dessas ferramentas.
Método proposto
Pesquisadores da Universidade de Dartmouth conduziram um estudo utilizando o chatbot Therabot, que foi projetado especificamente para tratar condições como ansiedade e depressão. Esse chatbot é baseado em técnicas de aprendizado profundo, com um enfoque em LLM (Modelos de Linguagem de Grande Escala), treinado a partir de transcrições que refletem respostas baseadas em evidências. A pesquisa incluiu um grupo de controle e utilizou medições quantitativas para avaliar a redução dos sintomas ao longo de oito semanas.
Resultados e impacto
Os participantes que interagiram com o Therabot reportaram uma diminuição significativa nos sintomas, apresentando resultados comparáveis aos de um terapeuta humano. A pesquisa segue em desenvolvimento, com os autores enfatizando a necessidade de mais estudos para garantir a eficácia em um grupo maior de usuários. “Espaço é tão dramaticamente novo que o campo precisa proceder com muito mais cautela do que o que está acontecendo agora”, afirmou Nicholas Jacobson, psicólogo clínico na equipe de pesquisa.
“Foi encontrada uma diminuição significativa nos sintomas após o uso do Therabot.”
(“Users rated Therabot similar to a therapist and had meaningfully lower symptoms.”)— Nicholas Jacobson, Psicólogo Clínico, Universidade de Dartmouth
As implicações dessas ferramentas são vastas, sugerindo um caminho para ajudar pessoas antes de chegarem a crises. Contudo, reguladores ainda estão debatendo como equilibrar a inovação tecnológica com a proteção dos usuários, especialmente em relação ao uso de dados pessoais e a disposição de informações sobre o funcionamento dos bot’s.
Os próximos passos podem incluir a formulação de diretrizes mais robustas e a promoção de colaborações entre desenvolvedores de AI e profissionais de saúde mental, visando não apenas a eficácia, mas também a ética no uso dessas tecnologias.
Fonte: (TechXplore – Machine Learning & AI)