
São Paulo — InkDesign News — Uma nova imagem impressionante do Telescópio Espacial Hubble da NASA/ESA revela detalhes incríveis da Nebulosa Tarântula, uma região turbulenta de formação estelar situada na Nuvem Magalhãnica Maior.
Contexto da descoberta
A Nebulosa Tarântula, situada a cerca de 163.000 anos-luz de distância na constelação de Dorado, é um dos locais mais fascinantes do universo para o estudo da formação de estrelas. Também conhecida como NGC 2070 ou 30 Doradus, a nebulosa é parte de uma galáxia vizinha da Via Láctea e é o lar de algumas das estrelas mais massivas conhecidas.
Descoberta pela primeira vez pelo astrônomo francês Nicolas-Louis de Lacaille em 1751, a nebulosa contém estrelas com até 200 vezes a massa do Sol. Essas características tornam a região ideal para investigar como nuvens de gás colapsam sob a gravidade para formar novas estrelas.
Métodos e resultados
A imagem colorida do Hubble é uma composição de exposições separadas obtidas pelo instrumento Wide Field Camera 3 (WFC3), abrangendo partes do espectro ultravioleta, infravermelho próximo e óptico. A cor é resultado da atribuição de diferentes tons a cada imagem monocromática associada a filtros individuais.
A Nebulosa Tarântula é a maior e mais brilhante região de formação estelar não apenas na Nuvem Magalhãnica Maior, mas em todo o grupo de galáxias vizinhas à Via Láctea.
(“The Tarantula Nebula is the largest and brightest star-forming region not just in the Large Magellanic Cloud, but in the entire group of nearby galaxies to which the Milky Way belongs.”)— Astrônomos do Hubble
A cena mostrada na imagem está localizada longe do centro da nebulosa, onde se encontra um super aglomerado estelar conhecido como R136, próximo a uma estrela do tipo Wolf-Rayet. Esses tipos de estrelas são massivas e perdem suas camadas externas de hidrogênio, sendo extremamente quentes e luminosas.
Implicações e próximos passos
O Hubble se concentra frequentemente na Nebulosa Tarântula, cujas capacidades multiespectrais são cruciais para capturar detalhes esculturais nas nuvens de poeira da região. As informações utilizadas para criar esta imagem fazem parte do programa de observação chamado Scylla, que complementa outro programa do Hubble conhecido como ULYSSES.
O programa ULYSSES foca em estrelas jovens e massivas nas Nuvens Magalhãnicas, enquanto o Scylla investiga as estruturas de gás e poeira que cercam essas estrelas. As descobertas ajudam a expandir nosso entendimento sobre o ciclo de vida estelar e a composição das galáxias.
Os dados obtidos têm o potencial de mudar nossa compreensão sobre a dinâmica de formação estelar em ambientes extintos, lançando luz sobre futuras linhas de pesquisa em astrofísica e formação de galáxias.
Fonte: (sci.news– Ciência & Descobertas)