
São Paulo — InkDesign News — Astrônomos do telescópio espacial Hubble da NASA/ESA revelaram uma nova imagem impressionante da galáxia anã de starburst NGC 4449, destacando novas descobertas sobre sua formação estelar.
Contexto da descoberta
A NGC 4449, também conhecida como Caldwell 21, localiza-se a aproximadamente 12,5 milhões de anos-luz na constelação de Canes Venatici. Com cerca de 20.000 anos-luz de diâmetro, esta galáxia é significativamente menor do que a Via Láctea, contendo um número inferior de estrelas. Esta descoberta de William Herschel, datada de 27 de abril de 1788, é parte do grupo de galáxias M94, que fica próximo ao Grupo Local onde reside a nossa galáxia.
Métodos e resultados
Os astrônomos utilizaram a Câmera Avançada para Levantamentos (ACS) e a Câmera de Campo Largo 3 (WFC3) do Hubble para capturar dados em diferentes comprimentos de onda, incluindo ultravioleta, infravermelho próximo e partes do espectro óptico. Sete filtros foram empregados para amostrar diversas faixas, resultando em uma imagem colorida que atribui diferentes tonalidades a cada imagem monocromática coletada. “Esta galáxia atualmente forma novas estrelas a uma taxa muito mais rápida do que o esperado para seu tamanho, o que a classifica como uma galáxia starburst”, afirmaram os astrônomos do Hubble.
“NGC 4449 é uma galáxia anã, o que significa que é muito menor e contém menos estrelas do que a Via Láctea.”
(“NGC 4449 is a dwarf galaxy, which means that it is far smaller and contains fewer stars than the Milky Way.”)— Astrônomos do Hubble
Além disso, esta nova versão da imagem incorpora vários comprimentos de onda adicionais que o Hubble coletou durante múltiplos programas de observação, permitindo uma análise mais abrangente da história da formação estelar na NGC 4449.
Implicações e próximos passos
Os pesquisadores acreditam que o incremento na formação global de estrelas deve-se a interações da NGC 4449 com galáxias vizinhas. Isso possibilita uma oportunidade única para observar como tais interações podem influenciar a criação de novas estrelas. “A NGC 4449, por estar tão próxima, oferece uma excelente oportunidade para o Hubble estudar como as interações entre galáxias podem influenciar a formação de novas estrelas”, notaram os especialistas.
Além de aprofundar no histórico de formação estelar da NGC 4449, os próximos passos incluem o mapeamento das estrelas mais brilhantes, quentes e massivas de mais de duas dúzias de galáxias vizinhas.
Este tipo de pesquisa não só avança nosso entendimento sobre a evolução das galáxias, mas também pode oferecer insights significativos sobre a formação estelar em ambientes galácticos diversos.
Fonte: (sci.news– Ciência & Descobertas)