
São Paulo — InkDesign News — A pesquisa recente utilizando o Telescópio Espacial Hubble revelou novas imagens do aglomerado globular NGC 1786, localizado na constelação de Dorado, contribuindo para o entendimento da formação estelar nas galáxias vizinhas.
Contexto da descoberta
NGC 1786, a quase 163.000 anos-luz da Terra, é um dos muitos aglomerados globulares presentes na Nuvem Magalhães Maior, uma galáxia anã. Este tipo de estrutura é uma coleção densa de estrelas antigas, com diâmetros de aproximadamente 100 a 200 anos-luz. Essas formações estelares são consideradas os objetos mais antigos do Universo e representam vestígios das primeiras épocas da formação galáctica.
Métodos e resultados
A imagem obtida foi gerada a partir de exposições separadas nas regiões ultravioleta, visível e infravermelha próximas, usando a Câmera de Campo Largo 3 do Hubble. Três filtros foram aplicados para capturar diferentes comprimentos de onda, resultando em um espectro de cores que destaca a diversidade estelar no aglomerado. A pesquisa foi parte de um programa que compara aglomerados globulares em galáxias anãs como a Pequena Nuvem Magalhães e a galáxia anã Fornax com aqueles na Via Láctea.
“Em nossa Galáxia, existem mais de 150 dessas coleções esféricas de estrelas, que têm sido estudadas em profundidade — particularmente com imagens do Hubble como esta, que mostram detalhes antes inacessíveis.”
(“Our Galaxy contains over 150 of these old, spherical collections of tightly-bound stars, which have been studied in depth — especially with Hubble images like this one, which show them in previously-unattainable detail.”)— Astrônomos do Hubble
Implicações e próximos passos
A análise de NGC 1786 pode fornecer insights sobre as múltiplas populações estelares, refletindo idades distintas dentro do mesmo aglomerado. Pesquisas anteriores sugeririam que as estrelas de um aglomerado se formavam quase simultaneamente, mas estudos recentes indicam a existência de populações mais velhas e mais jovens.
“Para usar aglomerados globulares como marcadores históricos, precisamos entender como eles se formam e a origem das estrelas com idades variadas.”
(“In order to use globular clusters as historical markers, we must understand how they form and where these stars of varying ages come from.”)— Astrônomos do Hubble
Os dados obtidos por essa pesquisa oferecem oportunidades para entender não apenas a formação da Nuvem Magalhães Maior, mas também da própria Via Láctea. Este conhecimento pode impactar futuras investigações sobre a evolução galáctica e as dinâmicas estelares.
Fonte: (sci.news– Ciência & Descobertas)