São Paulo — InkDesign News — Astrônomos que utilizam o Telescópio Espacial Hubble da NASA/ESA capturaram uma nova imagem da parte central da galáxia em explosão estelar Messier 82, revelando detalhes sobre sua formação de estrelas impressionante.
Contexto da descoberta
Localizada a cerca de 12 milhões de anos-luz na constelação de Ursa Major, Messier 82, também conhecida como Galáxia Cigarro, foi descoberta pelo astrônomo alemão Johann Elert Bode em 1774. Com aproximadamente 40.000 anos-luz de diâmetro, essa galáxia é notável por sua extraordinária velocidade em formar novas estrelas, cerca de dez vezes mais rápida do que nossa Galáxia, a Via Láctea.
Métodos e resultados
Para investigar a formação de estrelas em Messier 82, os astrônomos usaram o Canal de Alta Resolução da Câmera Avançada para Recortes (ACS), instalado em 2002. “Esta imagem apresenta algo não visto em imagens anteriormente liberadas do Hubble: os dados do Canal de Alta Resolução”, afirmaram os astrônomos. O canal já havia fornecido observações detalhadas de ambientes saturados de estrelas, mas uma falha elétrica em 2007 o deixou inativo.
A nova imagem mostra como a galáxia abriga conjuntos estelares supermassivos, cada um contendo centenas de milhares de estrelas, com luminância superior a um aglomerado estelar típico. De acordo com os pesquisadores, “Messier 82 é lar de estrelas brilhantes cuja luz é sombreadas por nuvens, aglomerados e listras de poeira e gás” (original: “Messier 82 is home to brilliant stars whose light is shaded by sculptural clouds, clumps and streaks of dust and gas.”).
Implicações e próximos passos
A intensa fase de explosão estelar que afeta Messier 82 levou ao surgimento de clusters estelares impressionantes em seu núcleo. As observações do Hubble têm o potencial de aprofundar nosso entendimento sobre essas regiões densamente povoadas e as condições para a formação estelar.
A exploração contínua de dados obtidos por telescópios espaciais, como o Hubble, permitirá aos cientistas desvendar ainda mais os mistérios de galáxias similares, potencialmente revelando novas teorias sobre a evolução galáctica e a dinâmica de formação de estrelas.
O impacto prático dessas descobertas pode orientar futuras linhas de pesquisa em astrofísica e cosmologia, solidificando a relevância do Hubble na exploração do universo.
Fonte: (sci.news– Ciência & Descobertas)
