Hubble captura imagem impressionante de NGC 1309 na astrofísica

São Paulo — InkDesign News —
A recente pesquisa realizada pela equipe do Telescópio Espacial Hubble revela uma impressionante imagem da galáxia espiral face-a-face NGC 1309, localizada a 100 milhões de anos-luz da Terra, na constelação de Eridanus.
Contexto da descoberta
NGC 1309, também conhecida como IRAS 03197-1534 ou LEDA 12626, foi descoberta pelo astrônomo germano-britânico William Herschel em 3 de outubro de 1785. Esta galáxia é a mais brilhante do grupo NGC 1309, que inclui outras duas galáxias menores. Com um diâmetro de 75.000 anos-luz, a sua luminosidade e características a tornam um objeto de interesse para astrônomos.
Métodos e resultados
A imagem colorida foi obtida através da combinação de observações do Hubble, utilizando a Câmera Avançada para Pesquisas (ACS) e a Câmera de Campo Amplo 3 (WFC3), abrangendo os espectros ultravioleta, infravermelho e óptico. Quatro filtros distintos foram empregados para amostras de diferentes comprimentos de onda.
“A imagem impressionante do Hubble abrange as estrelas azuladas de NGC 1309, nuvens de gás marrons escuras e um centro branco pérola, além de centenas de galáxias de fundo distantes.”
(“The stunning Hubble image encompasses NGC 1309’s bluish stars, dark brown gas clouds and pearly white center, as well as hundreds of distant background galaxies.”)— Astrônomos do Hubble
Quase todos os pontos de luz visíveis na imagem correspondem a galáxias individuais, exceto uma estrela, localizada próximo ao topo da imagem, identificável por seus raios de difração.
Implicações e próximos passos
O interesse científico para NGC 1309 se deve, em parte, a duas supernovas registradas: SN 2002fk, um exemplo clássico de supernova do Tipo Ia, e SN 2012Z, classificada como uma supernova do Tipo Iax, que não destruiu completamente sua anã branca. De acordo com os astrônomos, “as observações do Hubble mostraram que, neste caso, a supernova não destruiu a anã branca completamente, deixando para trás uma ‘estrela zumbi’ que brilhou ainda mais do que antes da explosão.”
Com os dados obtidos nas observações do Hubble ao longo dos anos, esta representa a primeira vez que se identificou a anã branca progenitora de uma supernova em imagens capturadas antes da explosão.
As descobertas atuais realçam a relevância do Telescópio Hubble na identificação e análise de fenômenos astronômicos que ampliam nosso entendimento sobre a evolução galáctica e as dinâmicas estelares.
Essa pesquisa não apenas contribui para a compreensão das supernovas, mas também abre caminho para futuras investigações sobre a formação de galáxias e a vida das estrelas.
Fonte: (sci.news– Ciência & Descobertas)