
São Paulo — InkDesign News — O ministro da Fazenda, Fernando Haddad, afirmou que o secretário do Tesouro dos Estados Unidos, Scott Bessent, reconheceu a anomalia das tarifas sobre a América do Sul em entrevista após reunião em Los Angeles, que ocorreu no domingo (4).
Panorama econômico
O comércio entre os Estados Unidos e a América do Sul apresenta um déficit significativo, conforme destacou Haddad. O ministro apontou que é incoerente tarifar uma região que já enfrenta dificuldades comerciais, especialmente no atual cenário global, onde as tensões econômicas são altas. A reunião teve a intenção de tratar questões delicadas e buscar uma agenda colaborativa para o futuro.
Indicadores e análises
“Fiz chegar ao secretário do Tesouro uma apreensão com o fato de que a América do Sul é uma das poucas regiões do planeta que tem déficit comercial com os EUA. E tarifar uma região que tem déficit com você não me parece razoável. Ele próprio reconheceu que é uma anomalia”
(“I conveyed to the Treasury Secretary my concern that South America is one of the few regions on the planet that has a trade deficit with the U.S. Tariffing a region that has a deficit with you doesn’t seem reasonable. He acknowledged that it’s an anomaly”)— Fernando Haddad, Ministro da Fazenda, Brasil
Ao longo de 2023, a balança comercial dos EUA com a América do Sul continua a mostrar um déficit ampliado, fato que suscita preocupações entre economistas sobre a eficácia das tarifas. O ministro reforçou que a sinalização dos EUA foi de que o assunto poderia ser tratado abertamente, sugerindo uma abordagem mais colaborativa nas relações comerciais.
Impactos e previsões
A dinâmica tarifária afeta não só o comércio entre as nações, mas também cria incertezas para a indústria e o consumidor na América do Sul. Especialistas indicam que uma ação para rever as tarifas poderá impulsionar o comércio e dinamizar setores fundamentais da economia. Haddad enfatizou a importância de os países da região se unirem em torno de uma agenda econômica conjunta, o que poderia beneficiar a balança comercial.
O próximo passo consiste em monitorar os desdobramentos da reunião e as possíveis medidas que poderão ser adotadas para fortalecer as relações comerciais, especialmente no que tange a uma revisão das tarifas.
Fonte: (CNN Brasil – Economia)