
Brasília — InkDesign News —
O ministro da Fazenda, Fernando Haddad, declarou nesta segunda-feira (12) que o escândalo de fraudes no Instituto Nacional do Seguro Social (INSS) “enojou o país inteiro”. Denúncias de cobranças indevidas e desvios envolvendo sindicatos e entidades associativas impactaram aposentados e pensionistas entre 2019 e 2024, revelando um esquema de desvio que soma bilhões de reais.
Contexto político
A operação da Polícia Federal (PF) e da Controladoria-Geral da União (CGU) identificou que cerca de R$ 6,3 bilhões foram cobrados irregularmente de aposentados e pensionistas. O escândalo resultou na saída do então presidente do INSS, Alessandro Stefanutto, e do ministro da Previdência Social, Carlos Lupi. Em resposta, a atual gestão do governo Lula tem adotado medidas firmes, incluindo ações judiciais contra 12 associações suspeitas, objetivando o ressarcimento e a responsabilização criminal. A Controladoria-Geral da União calcula um prejuízo patrimonial de mais de R$ 2,5 bilhões ao INSS, conforme análise feita pela Dataprev.
Reações e debates
Ao comentar o caso, Haddad afirmou:
“É um escândalo mesmo. O que tem de mais sagrado é a pessoa trabalhar a vida inteira e depois conseguir a sua aposentadoria, a sua pensão dignamente. Uma pessoa focar nesse público para levar vantagem? A partir de um crime? É uma coisa indigna num grau, realmente acho que enojou o país inteiro. Eu desejo e acredito que isso vá acontecer, que essas pessoas vão ser presas e vão cumprir uma pena que, a meu ver, deve ser exemplar.”
— Fernando Haddad, Ministro da Fazenda
O presidente Luiz Inácio Lula da Silva determinou a punição exemplar dos responsáveis e o ressarcimento aos lesados, uma linha clara também corroborada pelo ministro da Controladoria-Geral da União, Vinicius de Carvalho, e pelo ministro da Previdência Social, Wolney Queiroz, reforçando um esforço coordenado nas esferas administrativa e judicial.
Desdobramentos e desafios
Além da recuperação financeira, o governo enfrenta o desafio de reconstruir a confiança dos beneficiários do INSS, ampliando a segurança das operações e o acesso aos serviços, inclusive cogitando o uso de agências dos Correios para o atendimento aos prejudicados por fraudes. As recentes medidas incluem ações judiciais e a proposta de penas exemplares para desestimular futuros desvios, além do aprofundamento das investigações para identificar outros envolvidos e responsabilidades.
“É a punição exemplar dos responsáveis e o ressarcimento das pessoas lesadas.”
— Fernando Haddad, Ministro da Fazenda
A expectativa é que o processo de apuração e judicialização contribua para um ambiente mais seguro para os segurados e a reestruturação das entidades associativas, fundamentais para o funcionamento do sistema previdenciário brasileiro.
Em síntese, o caso expõe fragilidades institucionais e destaca a necessidade de aprimoramento da governança no INSS, apontando para o enfrentamento sistemático à corrupção e para a proteção dos direitos dos aposentados e pensionistas, elementos centrais para a estabilidade social e política no país.
Fonte: (CNN Brasil – Política)