
São Paulo — InkDesign News — O governo federal brasileiro anunciou, em 22 de setembro de 2023, medidas fiscais que incluem um congelamento dos gastos públicos e um aumento no Imposto Sobre Operação Financeira (IOF), ambos voltados para assegurar o cumprimento da meta fiscal de um déficit zero para 2025.
Panorama econômico
A equipe econômica do governo apresentou, em seu primeiro relatório de avaliação de receitas e despesas de 2025, que o congelamento do orçamento atinge R$ 31,3 bilhões. Desses, R$ 10,6 bilhões são bloqueios, que podem ser revertidos, e R$ 20,7 bilhões referem-se a contingenciamentos, cortes mais permanentes em razão da frustração de receitas ao longo do exercício. Segundo as autoridades, o aumento das despesas com benefícios previdenciários, que somaram R$ 16,7 bilhões, justifica essas medidas.
Indicadores e análises
As mudanças no IOF são notórias: para operações de crédito realizadas por empresas, a alíquota subirá de 0,38% para 0,95% na contratação, além do aumento na taxa diária e anual. Para uma empresa que contrata um empréstimo de R$ 10 mil, o custo de IOF pula de R$ 188 para R$ 395. O ministro da Fazenda, Fernando Haddad, ressaltou a necessidade de ajustes em resposta a padrões de despesas crescentes:
“O congelamento foi necessário para equilibrarmos as contas públicas.”
(“The freeze was necessary to balance public accounts.”)— Fernando Haddad, Ministro da Fazenda
Impactos e previsões
A elevação do IOF pode afetar tanto as empresas quanto os consumidores, encarecendo empréstimos e financiamentos. As projeções apontam que essas medidas podem gerar um impacto significativo de R$ 61,5 bilhões até 2026, com R$ 20,5 bilhões esperados para 2025 e R$ 41 bilhões para 2026. Além disso, Haddad mencionou que o recuo parcial nas alterações do IOF deve ter um efeito inferior a R$ 2 bilhões.
O mercado deverá observar atentamente as repercussões dessas medidas, incluindo possíveis ajustes futuros nas políticas fiscais. O cenário global, junto com decisões internas, continuará a moldar a trajetória da economia brasileira nos próximos meses.
Fonte: (CNN Brasil – Economia)