
São Paulo — InkDesign News — Cientistas detectaram a fusão mais massiva de buracos negros já registrada, um evento que desafia os modelos atuais do universo. Essa colisão titânica, observada através de ondas gravitacionais, ocorreu em 23 de novembro de 2023, durante a quarta campanha de observação da rede LIGO-Virgo-KAGRA.
Detalhes da missão
A detecção, identificada como GW231123, envolveu buracos negros com massas equivalentes a 100 e 140 vezes a do Sol. Ao se fundirem, geraram um “filho” com 225 vezes a massa solar. Essa fusão resultou na conversão de massa em energia, propulsando ondas gravitacionais que se espalharam pelo espaço-tempo. O evento foi identificado pelos detectores de ondas gravitacionais LIGO, localizados nos Estados Unidos, e Virgo, na Itália, em uma colaboração que também inclui o KAGRA, no Japão.
Tecnologia e objetivos
A tecnologia empregada na detecção de ondas gravitacionais nestes detectores é extrema, utilizando interferometria a laser para medir variações minúsculas no espaço-tempo. “Os buracos negros parecem estar girando muito rapidamente — próximo ao limite permitido pela teoria da relatividade geral de Einstein,” afirmou Charlie Hoy, membro da equipe LVK. “Isso torna o sinal difícil de modelar e interpretar. É um excelente estudo de caso para o avanço de nossas ferramentas teóricas.”
Próximos passos
Os próximos passos incluem o refinamento de métodos de análise e interpretação dos dados coletados. “Vai levar anos para a comunidade desvendar completamente este padrão intrincado de sinal e todas as suas implicações,” disse Gregorio Carullo, membro da equipe LVK. “Embora a explicação mais provável permaneça uma fusão de buracos negros, cenários mais complexos podem ser a chave para decifrar seus recursos inesperados.”
A fusão de GW231123 não apenas estabelece um novo recorde na astrofísica, mas também proporciona um avanço significativo na compreensão da formação de buracos negros em nosso universo.
Fonte: (Space.com – Space & Exploração)