
Brasília — InkDesign News — Diplomatas enviados pelo governo do presidente Donald Trump visitaram o Brasil em abril para iniciar negociações no setor de minerais raros e estratégicos, em um contexto de tensões globais envolvendo inflação, juros elevados e desafios no crescimento econômico.
Panorama econômico
O interesse dos Estados Unidos pelo setor de minerais raros brasileiros surge em meio à crescente disputa global por esses recursos, essenciais para a produção de tecnologias avançadas como baterias e semicondutores. O mercado, hoje dominado quase exclusivamente pela China, tem motivado estratégias para diversificação das cadeias produtivas e redução da dependência de Pequim. Além da visita brasileira, Washington firmou acordo econômico com a Ucrânia para acesso a seus minerais e considera a possibilidade de ampliar sua influência estratégica na Groenlândia, área com vastas reservas minerais.
Indicadores e análises
Raul Jungmann, diretor-presidente do Instituto Brasileiro de Mineração (Ibram), que participou das reuniões, confirmou à CNN a natureza exploratória da missão diplomática.
“A visita teve um tom exploratório. Eles perguntaram se há possibilidade de parcerias e por que o Brasil, apesar de seu potencial, ainda mantém trocas comerciais em baixos volumes nesse setor”
(“The visit had an exploratory tone. They asked if there are possibilities of partnerships and why Brazil, despite its potential, still maintains low volume trade in this sector”)— Raul Jungmann, Diretor-Presidente, Instituto Brasileiro de Mineração (Ibram)
O Brasil, detentor de reservas minerais estratégicas, tem sido objeto de interesse de diferentes delegações estrangeiras, apesar de o volume comercial no setor ainda ser modesto. A intensificação das conversas ocorre em um momento de alta inflação global e tensão nos mercados financeiros, com bancos centrais ajustando suas políticas monetárias para conter pressões inflacionárias enquanto sustentam o crescimento do PIB.
Impactos e previsões
Analistas indicam que o avanço das negociações pode fomentar investimentos na mineração nacional, criando impacto positivo na indústria tecnológica local e na cadeia produtiva de insumos para energias renováveis e componentes eletrônicos. Por outro lado, a competição geopolítica e econômica sobre minerais raros poderá intensificar riscos regulatórios e influenciar a dinâmica de preços globalmente.
“O Brasil tem sido procurado por diversas delegações estrangeiras interessadas no potencial mineral do território nacional”
(“Brazil has been approached by several foreign delegations interested in the country’s mineral potential”)— Raul Jungmann, Diretor-Presidente, Instituto Brasileiro de Mineração (Ibram)
O governo brasileiro poderá estudar formas de impulsionar parcerias estratégicas e ampliar o volume comercial nesse segmento, enquanto observa a movimentação global para garantir posição competitiva e sustentável no mercado internacional.
Fonte: (CNN Brasil – Economia)