
São Paulo — InkDesign News — O ministro do Desenvolvimento Agrário e Agricultura Familiar do Brasil, Paulo Teixeira, afirmou nesta quinta-feira (8), na abertura da Feira Nacional da Reforma Agrária, em São Paulo, que o governo Lula está acelerando a reforma agrária. Segundo ele, a meta para 2023 é a maior da história, com metade já cumprida.
Contexto político
A reforma agrária é tema histórico e emblemático na política brasileira, com tentativas e retrocessos ao longo das últimas décadas. Desde o início do atual governo, a pauta retomou força, tanto pela mobilização de movimentos sociais como o MST (Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra), quanto pelas decisões internas do governo Lula III. A tramitação da agenda envolve articulações entre ministérios e a vinculação a programas de crédito rural, como Pronaf e iniciativas recentes, como o programa Desenrola Rural, voltado para redução dos custos na cadeia produtiva alimentar. Este ciclo representa uma retomada da intervenção do Estado visando a regularização fundiária e o apoio à agricultura familiar.
Reações e debates
O ministro Paulo Teixeira apontou que, até o momento, cerca de 15 mil famílias foram assentadas em lotes rurais, com a meta anual de 30 mil e previsão de alcançar 60 mil até 2026. Questionado sobre os avanços, ressaltou:
“A primeira mensagem é que o governo do presidente Lula está com o pé no acelerador para fazer a reforma agrária no Brasil. Nós estamos nesse ano com a maior meta da história da reforma agrária e já cumprimos metade dessa meta.”
— Paulo Teixeira, Ministro do Desenvolvimento Agrário e Agricultura Familiar
Além disso, o governo promove avanços na flexibilização e ampliação dos programas de crédito rural, essenciais para o financiamento da produção na agricultura familiar, além do retorno dos estoques reguladores de alimentos e o incentivo ao Sistema Único de Assistência Técnica e Extensão Rural (Suater). Essas medidas têm sido recebidas com diferentes posições dentro do Congresso e entre atores do setor rural, variando entre apoio e críticas relacionadas à viabilidade econômica e à abrangência dos projetos.
Desdobramentos e desafios
O desafio agora é garantir a continuidade e o cumprimento das metas estabelecidas até 2026, em meio à complexidade das negociações políticas, à resistência de setores contrários e às limitações orçamentárias. A implementação do Suater e a sustentação dos programas de crédito rural são pontos críticos para que a reforma agrária possa não apenas transferir terras, mas promover o desenvolvimento rural sustentável. O impacto social e econômico dessas ações repercute na redução das desigualdades no meio rural e na oferta de alimentos.
A agenda da reforma agrária segue em destaque na agenda pública, com potencial para influenciar debates em futuras campanhas eleitorais e decisões legislativas. O acompanhamento da execução, transparência e avaliações continuadas serão fundamentais para medir seu sucesso.
Fonte: (CNN Brasil – Política)