
Brasília — InkDesign News — O Ministério da Saúde anunciou na quarta-feira (22) um conjunto de medidas para expandir os serviços de radioterapia no Sistema Único de Saúde (SUS), visando melhorar o atendimento e o acesso a tratamentos para pacientes oncológicos em todo o Brasil.
Contexto e objetivos
A radioterapia é uma das principais formas de tratamento para o câncer, sendo indicada em aproximadamente 60% dos casos da doença. Entretanto, dados do Ministério da Saúde indicam que quase 40% dos pacientes do SUS necessitam buscar atendimento fora de sua região de saúde, enfrentando um deslocamento médio de 145 quilômetros. Com a nova iniciativa, o governo pretende não apenas facilitar o acesso aos serviços de radioterapia, mas também melhorar a qualidade do atendimento e reduzir a espera por tratamento.
Metodologia e resultados
As ações anunciadas incluem a criação de um auxílio financeiro para transporte, alimentação e hospedagem, além de um investimento de R$ 156 milhões anuais destinado a estimular financeiramente os serviços de saúde a ampliarem seus atendimentos. O novo modelo de financiamento estabelece que quanto mais pacientes atendidos, maior será o repasse financeiro, promovendo a utilização eficiente dos aceleradores lineares, equipamentos cruciais no tratamento.
“Estamos colocando a radioterapia em outro patamar, em relação ao cuidado ao paciente com câncer”
(“We are putting radiotherapy at another level regarding cancer patient care.”)— Alexandre Padilha, Ministro da Saúde
As unidades de saúde podem receber até 30% a mais por procedimento com base no número de novos pacientes atendidos, incentivando um aumento na capacidade de atendimento.
Implicações para a saúde pública
O impacto das novas diretrizes pode ser significativo, uma vez que visam atender a uma demanda crescente por tratamentos oncológicos, otimizando recursos e reduzindo os tempos de espera. Além disso, haverá um ressarcimento para estados e municípios por demandas judiciais relacionadas ao tratamento de câncer, garantindo a continuidade da assistência.
“É uma forma direta de remuneração para os estados e municípios”
(“It is a direct form of remuneration for the states and municipalities.”)— Alexandre Padilha, Ministro da Saúde
A expectativa é de uma redução dos preços de medicamentos oncológicos em até 60%, através de negociações centralizadas, o que pode facilitar ainda mais o acesso a tratamentos de custo elevado.
Em síntese, as novas políticas não apenas buscam aumentar a capacidade de atendimento em radioterapia, mas também envolvem o setor privado, que terá incentivos para contribuir com o SUS, refletindo um movimento coordenado para melhorar a assistência oncológica no país.
Fonte: (Agência Brasil – Saúde)