
São Paulo — InkDesign News —
A crescente competição no domínio da inteligência artificial (IA) tem gerado avanços significativos em abordagens técnicas como modelos de aprendizado profundo (deep learning) e linguagens de modelos grandes (LLM). A recente apresentação do Google durante o evento I/O 2025 destacou seus esforços em um sistema operacional para a era da IA, sob a égide do projeto Gemini, que pretende redefinir a interação digital.
Tecnologia e abordagem
O projeto Gemini inclui diversas arquiteturas de modelos voltadas para a criação de uma “verdade universal” em IA, que busca entender as dinâmicas do mundo real. Esta abordagem se perfaz em uma camada lógica capaz de suportar aplicações variadas, funcionando como um assistente universal capaz de raciocinar e atuar em nome do usuário. Demis Hassabis, CEO da Google DeepMind, ressalta que a empresa planeja ir além, aspirando ao desenvolvimento da inteligência artificial geral (AGI). O modelo Gemini 2.5, por exemplo, amplia as capacidades em multimodalidade, integrando texto, áudio e vídeo de forma sinérgica.
Aplicação e desempenho
Com mais de 7 milhões de desenvolvedores construindo sobre a API do Gemini e 480 trilhões de tokens processados mensalmente, os dados sinalizam um crescimento robusto. “Estamos dobrando nossos esforços em direção a um modelo mundial que possa fazer planos e imaginar novas experiências”, afirma Hassabis. No entanto, um desafio significativo permanece: como acelerar a comercialização eficácia de suas inovações em comparação a rivais que já apresentam soluções ao mercado, especialmente em um cenário dominado por gigantes como Microsoft e OpenAI.
O Gemini, em particular, busca não apenas melhorar desempenhos, mas também permitir uma interação mais personalizada. O contexto que a IA coleta, como histórico de buscas, potencializa a capacitação do modelo em antecipar necessidades dos usuários.
Impacto e mercado
O impacto dessas inovações pode ser decisivo para a manutenção da posição de liderança do Google no setor de publicidade digital, que gera receita de US$ 200 bilhões. À medida que os assistentes pessoais se tornam a interface primária para o acesso a dados, a habilidade de Google em inovar e integrar suas tecnologias em um ecossistema coeso se torna uma necessidade estratégica. O modelo potencialmente redefine como usuários e empresas interagem com a tecnologia e pode estabelecer um novo padrão de excelência na interação homem-máquina.
A concorrência de Microsoft, especialmente com suas ofertas no Microsoft 365 e Azure, e as inovações emergentes da OpenAI, reafirmam que o tempo é um fator crítico. A pressão para inovar rapidamente se intensifica à medida que a regulamentação em torno das práticas de mercado e uso de dados se torna mais rigorosa.
Avançando, o que se espera é uma corrida não apenas por inovações tecnológicas, mas por uma melhoria contínua na forma como estas interações são entregues em ambientes empresariais. O caminho tomado pelo Google pode não apenas moldar o futuro da interação digital, mas também servir como um lembrete do quão rapidamente uma vantagem competitiva pode ser erodida por inovações mais focadas.
Fonte: (VentureBeat – AI)