
São Paulo — InkDesign News — A recente visita do CEO da OpenAI, Sam Altman, a Washington marca um momento crucial nas discussões sobre a inteligência artificial (IA) e seu impacto na sociedade, especialmente em relação à produtividade e ao futuro dos motores de busca.
Contexto e lançamento
Em um cenário onde a IA tem se posicionado como um ator significativo na transformação digital, Altman defende que a tecnologia não é apenas uma força disruptiva, mas também uma oportunidade de progresso universal. O ChatGPT, plataforma da OpenAI, já processa cerca de 2.5 bilhões de comandos diários, superando criticamente a marca de um bilhão em apenas oito meses. Esta rápida adoção sugere uma mudança nas tradições de pesquisa online, que por décadas se resume ao ato de “googlear”. De acordo com a análise de Rand Fishkin da Datos, 2024 verá uma queda na dependência do Google para buscas tradicionais.
Design e especificações
O ChatGPT foi projetado com um software avançado de processamento de linguagem natural, que permite que os usuários façam perguntas e recebam respostas de forma interativa e direta, contrastando com a abordagem tradicional de links e listas. Altman menciona que a meta é criar uma “cérebro para o mundo” com inteligência que seja “demais barato para medir” (“too cheap to meter”). Essa proposição de acessibilidade e democratização é central no discurso da OpenAI, que visa oferecer uma ferramenta que ultrapasse as meras capacidades informativas de um motor de busca convencional.
Repercussão e aplicações
As implicações culturais do avanço do ChatGPT são significativas. Os consumidores podem esperar respostas mais rápidas e envolventes, embora isso possa resultar em uma diminuição da diversidade de fontes e perspectivas disponíveis. Além disso, criadores de conteúdo enfrentam o risco de que seu trabalho seja reduzido a respostas resumidas sem devida atribuição. A disputa entre ChatGPT e Google levanta preocupações sobre a centralização da informação e a gestão da desinformação. Altman enfatiza que a batalha não é apenas por quem controla a tecnologia, mas por quem terá acesso e quanto cada um receberá de seu impacto econômico.
“Não se trata de interromper a disrupção, mas de colocá-la nas mãos das pessoas para que tenham a oportunidade de se beneficiar” (“It’s not about stopping disruption, but putting it into people’s hands so they can benefit”) — fonte próxima ao pensamento de Altman, Axios.
O futuro da pesquisa online poderá ser moldado por um novo padrão de comportamento que privilegia a interação com IA, refletindo as expectativas de uma sociedade que busca respostas rápidas e eficientes. Embora o domínio do Google esteja sob pressão, este não desaparecerá, mas, sim, enfrentará transformações perante a ascensão de plataformas como o ChatGPT.
Fonte: (Gizmodo – Cultura Tech & Geek)