
São Paulo — InkDesign News — A recente inovação em inteligência artificial pela Google DeepMind, chamada AlphaEvolve, promete redefinir a forma como algoritmos são descobertos e aplicados em problemas matemáticos e computacionais, potencializando a eficiência em larga escala.
Contexto da pesquisa
A Google DeepMind vem desenvolvendo tecnologia inovadora no campo da inteligência artificial há anos, com o objetivo de acelerar o avanço do conhecimento nas ciências exatas. O AlphaEvolve é uma continuação dessa linha de pesquisa, focando em resolver problemas complexos, como a alocação de recursos em data centers. Em 2022, seu modelo AlphaTensor estabeleceu um novo recorde em multiplicações de matrizes, e em 2023, o AlphaDev avançou em cálculos fundamentais que são realizados bilhões de vezes ao dia por computadores.
Método e resultados
AlphaEvolve introduz uma abordagem nova ao empregar algoritmos que buscam soluções específicas, ao invés de procurar as soluções em si. Baseado em modelos de linguagem de última geração, como o Gemini 2.0 Flash, ele é capaz de gerar códigos extensos, permitindo que se aplique a uma variedade ainda maior de problemas. “Você pode vê-lo como uma espécie de agente de codificação superpoderoso”, diz Pushmeet Kohli, vice-presidente da Google DeepMind. “Ele não apenas propõe um trecho de código, mas realmente produz um resultado que pode ser inédito.”
Implicações e próximos passos
As aplicações práticas do AlphaEvolve são vastas, desde otimizações em datacenters até descobertas em matemática pura, como demonstrado pela recente solução de um problema não resolvido. Matej Balog, pesquisador da Google DeepMind, ressalta que “algoritmos regem o mundo ao nosso redor, então o impacto disso é enorme.” Contudo, a implementação em larga escala traz desafios éticos e técnicos que devem ser considerados cuidadosamente.
O AlphaEvolve representa um avanço significativo na forma como a inteligência artificial pode ser utilizada na solução de problemas complexos, abrindo novas possibilidades para a pesquisa e a prática em ciências computacionais.
Fonte: (MIT Technology Review – Artificial Intelligence)