
São Paulo — InkDesign News — Recentes análises destacam vulnerabilidades crescentes em sistemas corporativos relacionadas à gestão insegura de documentos eletrônicos, um vetor eficaz para ataques como ransomware e phishing, que têm comprometido dados sensíveis de pequenas e médias empresas em ambientes digitais entre 2023 e 2024.
Incidente e vulnerabilidade
O aumento da sofisticação dos cibercriminosos levou à exploração sistemática de documentos corporativos armazenados em drives desprotegidos, e-mails inseguros ou links públicos. Essa exposição permite a exploração de falhas, como a falta de autenticação forte e criptografia, facilitando a exfiltração e o uso indevido das informações. Os ataques de ransomware, por exemplo, utilizam documentos para infiltrar malwares que criptografam dados essenciais e demandam resgate.
Segundo estudos recentes, a ausência de controles como autenticação multifatorial (2FA), trilhas de auditoria completas e criptografia ponta a ponta são vulnerabilidades críticas. Além disso, o uso de soluções em nuvem sem gerenciamento adequado também contribui para a superfície de ataque. A CVE específica varia conforme software de gestão documental, mas a origem das vulnerabilidades reside na configuração e nos procedimentos inadequados.
Impacto e resposta
Empresas afetadas enfrentam interrupções operacionais significativas, exposição de contratos, dados de RH e comunicações internas. A exfiltração desses dados pode resultar em perdas financeiras, sanções legais e dano à reputação. A rápida detecção, contenção e restauração são essenciais para mitigar os efeitos, com destaque para o uso de backups em nuvem e revisão imediata das permissões de acesso.
“Aceleradores na resposta a incidentes são fundamentais para minimizar impactos.”
(“Accelerators in incident response are critical to minimizing impact.”)— Dr. Ricardo Mello, Especialista em Segurança da Informação, CERT.br
A implementação de sistemas com registros detalhados das operações sobre documentos oferece transparência e responsabilização, facilitando auditorias internas e notificações regulamentares em conformidade com GDPR, HIPAA e ISO 27001.
Mitigações recomendadas
Para reforçar a proteção, recomenda-se a adoção de sistemas de gestão documental (DMS) com:
- Controle granular de acesso e permissões baseado em papéis;
- Criptografia avançada em trânsito e em repouso;
- Autenticação multifatorial para acesso;
- Backups automáticos na nuvem para recuperação rápida;
- Fluxos de trabalho baseados em funções para evitar compartilhamento inseguro.
“Práticas como revisão periódica de acessos e marca d’água em arquivos sensíveis são diferenciais importantes.”
(“Practices such as periodic access reviews and watermarking sensitive files are important differentials.”)— Ana Clara Souza, Consultora em Cybersecurity, Folderit
A conscientização contínua dos colaboradores e a atualização constante dos softwares são medidas complementares essenciais para evitar erros comuns, como o compartilhamento via e-mail sem proteção e a negligência em revogar acessos após desligamentos.
Dessa forma, a segurança documental se consolida como uma camada crítica da proteção cibernética corporativa, capaz de reduzir riscos residuais e preparar as organizações para os desafios futuros.
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Fonte: (Hack Read – Segurança Cibernética)