
São Paulo — InkDesign News — Recentemente, uma pesquisa do Infojobs revelou que jovens da Geração Z, aqueles nascidos entre 1996 e 2010, têm preferência por carreiras nas áreas de tecnologia, saúde e empreendedorismo, desafiando a percepção comum de que almejam se tornar influenciadores digitais.
Panorama econômico
O levantamento, realizado com 1.003 jovens, demonstra uma mudança significativa nas aspirações profissionais dessa geração. Embora a ideia de ser influenciador digital ainda seja atraente para alguns, a pesquisa indica uma busca mais profunda por sentido e propósito nas escolhas de carreira. Ana Paula Prado, CEO do Infojobs, ressaltou a necessidade de se sentir bem em relação às suas opções profissionais.
Indicadores e análises
Os dados mostram que 34,5% dos jovens preferem trabalhar na área de Tecnologia, seguidos por 23,1% na Saúde e Bem-estar, e 18,8% em Empreendedorismo/Startups. Além disso, 56,2% dos entrevistados valorizam a flexibilidade, com critérios que incluem trabalho remoto e horários adaptáveis. A pesquisa também destacou que 70% consideram a remuneração e estabilidade financeira como fatores principais na escolha de uma carreira.
“O mercado precisa parar de subestimar essa geração. Afinal, é a nossa força de trabalho atual. Eles estão em busca de crescimento, propósito e bem-estar, e rejeitam modelos de trabalho ultrapassados. Não é sobre descompromisso, é sobre uma mudança no modo de encarar suas carreiras e repriorizar seus objetivos”
(“The market needs to stop underestimating this generation. After all, they are our current workforce. They seek growth, purpose, and well-being, and reject outdated work models. It’s not about disengagement; it’s about a change in how they view their careers and reprioritize their goals.”)— Ana Paula Prado, CEO, Infojobs
Impactos e previsões
Esses dados apontam para uma transformação nas dinâmicas de trabalho. Uma maioria de 65,1% que atualmente está empregada pretende mudar de área nos próximos dez anos, refletindo uma instabilidade e insatisfação com o modelo atual. Também é revelador que, para 71,6% dos respondentes, o principal motivo para deixar um emprego é um ambiente tóxico ou uma cultura organizacional desalinhada com seus valores.
“Eles não aceitam mais o discurso de que ‘é assim mesmo’, questionam e querem melhorar. Essa geração entendeu que respeito, inclusão e transparência são pilares fundamentais para a vida, incluindo a rotina de trabalho”
(“They no longer accept the discourse of ‘that’s just how it is’; they question and want to improve. This generation understands that respect, inclusion, and transparency are fundamental pillars for life, including their work routine.”)— Ana Paula Prado, CEO, Infojobs
Dado esse cenário, empresas que buscam atrair e reter talentos dessa geração precisarão adaptar suas práticas e criar ambientes de trabalho que promovam flexibilidade, valorização e progresso.
Fonte: (CNN Brasil – Economia)