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Ciência & Exploração

Genética avança com 1ª terapia que freia Huntington

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Londres — InkDesign News — Pela primeira vez, uma terapia gênica demonstrou sucesso em reduzir a progressão da doença de Huntington em pacientes, conforme anunciado nesta quarta-feira (24 de setembro) por cientistas da University College London (UCL) e pela empresa de biotecnologia uniQure. O estudo inédito abre caminho para um tratamento capaz de modificar a evolução da doença neurodegenerativa, até então sem alternativas terapêuticas que alterassem seu curso natural.

O Contexto da Pesquisa

A doença de Huntington, que afeta de 1 a cada 10 mil a 20 mil pessoas nos Estados Unidos, é causada por mutações no gene HTT, levando à produção de fragmentos tóxicos da proteína huntingtina, que acumulam-se e destroem neurônios no cérebro. Sintomas como depressão, perda de cognição e descontrole motor surgem, em média, entre os 30 e 40 anos, resultando em deterioração progressiva e fatal em até 25 anos.
Até agora, os tratamentos se limitavam ao controle dos sintomas, sem desacelerar a destruição neural subjacente.

“Estes dados inovadores são a evidência mais convincente no campo até o momento e reforçam o efeito modificador da doença de Huntington, onde uma necessidade urgente persiste.”
(“These groundbreaking data are the most convincing evidence in the field to date and underscore the disease-modifying effect in Huntington’s disease, where an urgent need persists.”)

— Dra. Sarah Tabrizi, diretora do Centro de Doença de Huntington da UCL

Resultados e Metodologia

No estudo, 29 pacientes receberam a terapia gênica AMT-130, administrada por meio de uma única intervenção cirúrgica que introduz microRNA em regiões cerebrais-chave (putâmen e núcleo caudado). O microRNA age silenciando o gene HTT, reduzindo drasticamente sua expressão e diminuindo a produção da proteína tóxica. Destes, 17 receberam dose alta e 12 dose baixa da terapia. O progresso dos pacientes foi comparado ao de indivíduos sob cuidados padrão, acompanhados pelo estudo de longa duração Enroll-HD.

Após três anos, o grupo que recebeu a dose alta apresentou redução de 75% na progressão da doença em relação aos controles. Houve também queda nos níveis de neurofilamento leve (NfL), biomarcador de dano neuronal, quando o esperado seria um aumento de 20% a 30% no período. Os eventos adversos foram manejáveis e relacionados principalmente ao procedimento cirúrgico, todos resolvidos sem agravantes.

“Meus pacientes no estudo permaneceram estáveis ao longo do tempo, de uma forma que não costumava ver na doença de Huntington. Um deles é meu único paciente clinicamente aposentado por Huntington que conseguiu retornar ao trabalho.”
(“My patients in the trial are stable over time in a way I’m not used to seeing in Huntington’s disease. One of them is my only medically-retired Huntington’s disease patient who has been able to go back to work.”)

— Dr. Ed Wild, investigador principal, UCL Huntington’s Disease Centre

Implicações e Próximos Passos

Pesquisadores avaliam que o AMT-130 representa um divisor de águas, com potencial de preservar funções diárias, prorrogar a capacidade laboral de pacientes e retardar consideravelmente a evolução da doença. A uniQure planeja submeter pedido de aprovação à FDA dos EUA no início do próximo ano e, posteriormente, às agências regulatórias europeias. O tratamento já recebeu as designações de Breakthrough Therapy e Regenerative Medicine Advanced Therapy da FDA, sinalizando elevado potencial para necessidades médicas não atendidas.

Especialistas vislumbram que a aprovação do AMT-130 pode inaugurar uma nova era para terapias gênicas contra doenças neurodegenerativas — e também favorecer o desenvolvimento de tratamentos para outras enfermidades raras e fatais. O acompanhamento desses pacientes e a expansão de estudos clínicos serão fundamentais para consolidar os benefícios e segurança da abordagem.

No horizonte, a esperança é que o avanço inspire inovações em tratamentos orientados por terapia gênica, não apenas para a doença de Huntington, mas também para outros distúrbios neurológicos devastadores.

Fonte: (Live Science – Ciência)

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Tiago F Santiago

Tiago F. Santiago é Analista de Marketing na C2HSolutions, onde, em sua atuação fixa, combina estratégia e tecnologia para impulsionar soluções digitais. Paralelamente, dedica-se como hobby à InkDesign News, contribuindo com a criação de notícias e conteúdos jornalísticos. Apaixonado por programação, ele projeta aplicações web e desenvolve sites sob medida, apoiando-se em sua sólida expertise em infraestrutura de nuvem — dominando Amazon Web Services, Microsoft Azure e Google Cloud — para garantir que cada projeto seja escalável, seguro e de alta performance. Sua versatilidade e experiência técnica permitem-lhe transformar ideias em produtos digitais inovadores.

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