
São Paulo — InkDesign News — Uma nova crise geopolítica expôs divisões profundas dentro do que se conhece como “manosphere”, um espaço online que reúne influenciadores masculinos em debates sobre masculinidade, política e cultura.
Contexto e lançamento
Nos últimos anos, o fenômeno da “manosphere” ganhou notoriedade, agrupando vozes de diferentes vertentes, como red-pillers, tradCons e incels, que se uniram em uma postura contra o feminismo e a correção política. No entanto, a recente ação militar de Israel contra as instalações nucleares do Irã, em 12 de junho, chocou este universo, gerando uma fragmentação sem precedentes que testou as bases da própria ideologia do grupo.
Design e especificações
A ação militar foi amplamente discutida nas redes sociais por figuras proeminentes do movimento. Ben Shapiro, cofundador do Daily Wire, afirmou em live que “Israel estava 100% certo ao fazer isso” e reforçou seu apoio ao Estado hebreu. Enquanto isso, outros influenciadores como Tucker Carlson e Charlie Kirk expressaram preocupação com a potencial escalada da situação, argumentando que o envolvimento dos EUA na crise poderia ser desastroso.
“Os EUA dizem que não estavam ‘envolvidos’. Isso não é verdade.”
(“The U.S. says it was ‘not involved.’ That’s not true.”)— Tucker Carlson, Apresentador, Fox News
Repercussão e aplicações
O racha ideológico que se formou é notável, com figuras conservadoras e libertárias em desacordo sobre a forma de abordar o conflito. Andrew Tate, influenciador controverso, optou por uma abordagem irônica, enquanto Myron Gaines expressou seu desejo de que Trump não repetisse os erros do passado. Matt Walsh, por sua vez, destacou que o Irã não representa uma ameaça direta aos EUA, clamando por não envolvimento militar.
“Não precisamos nos envolver em mais uma guerra no Oriente Médio.”
(“We do not need to get involved in yet another war in the Middle East.”)— Matt Walsh, comentarista, Daily Wire
A divisão dentro da “manosphere” levanta questões sobre a viabilidade de suas alianças e ideais. À medida que a situação evolui, influenciadores que construíram suas marcas em torno de uma narrativa de masculinidade unificada agora se veem confrontados por um dilema de identidade que pode redefinir o movimento. As intersecções entre masculinidade e política estão se tornando mais complexas, refletindo uma luta por significado em um cenário de incerteza global.
O futuro da “manosphere” parece incerto à medida que essas divisões se aprofundam e figuras influentes precisam confrontar as contradições que permeiam seus discursos. A luta pela definição da masculinidade agora se entrelaça com questões de geopolítica e intervenção militar, desafiando o equilíbrio de um movimento que, por muito tempo, se apresentou como coeso.
Fonte: (Gizmodo – Cultura Tech & Geek)