
São Paulo — InkDesign News — A recente ação judicial da Comissão Federal de Comércio (FTC) contra a Ticketmaster e sua empresa controladora Live Nation destaca um tema recorrente no cenário de tecnologia e entretenimento: a transparência nas taxas de venda de ingressos e práticas de revenda consideradas enganosas.
Contexto e lançamento
A ação foi apresentada em um momento em que a Ticketmaster monopoliza aproximadamente 80% do mercado de venda de ingressos para grandes eventos ao vivo, o que levanta questões sobre a concorrência e a proteção ao consumidor. Entre 2019 e 2024, consumidores gastaram estimados US$ 82,6 bilhões na plataforma, evidenciando o domínio da empresa. Além disso, a FTC alega que a Ticketmaster tem colaborado de forma tácita com corretores, permitindo que esses adquiram ingressos em quantidades indesejadas, apenas para revendê-los a um preço elevado.
Design e especificações
Segundo a FTC, a Ticketmaster também estaria ciente de que corretores têm burlado os mecanismos de segurança, criando contas por meio de endereços IP proxies. A empresa supostamente fornece suporte técnico por meio de um software denominado TradeDesk, que auxilia os corretores a gerenciar a compra e revenda de ingressos de maneira mais eficiente. Um e-mail interno da Ticketmaster revelou a intenção de ignorar essas práticas, indicando uma política de aceitação tácita.
Repercussão e aplicações
A repercussão da ação judicial é significativa, já que ela busca assegurar que entradas a eventos ao vivo sejam acessíveis e a preços justos. O presidente da FTC, Andrew Ferguson, afirmou:
“O entretenimento ao vivo americano é o melhor do mundo e deveria ser acessível a todos nós.
(“American live entertainment is the best in the world and should be accessible to all of us.”)— Andrew Ferguson, Presidente, FTC
Além disso, as tarifas ocultas associadas à compra de ingressos têm sido um ponto crítico, com taxas chegando a 44% do preço original, resultando em um total de US$ 16,4 bilhões somente entre 2019 e 2025.
Cabe destacar que essa movimentação da FTC surge em um contexto prioritário da administração Biden, embora haja um reconhecimento de que ações como essas são uma escalada significativa, também creditando ao governo Trump um impulso inicial em direção a uma maior proteção ao consumidor. Ferguson declarou:
“O governo federal deve proteger os americanos de serem prejudicados na compra de ingressos para eventos ao vivo.”
(“The federal government must protect Americans from being ripped off when they buy tickets to live events.”)— Andrew Ferguson, Presidente, FTC
À medida que a situação se desenvolve, a expectativa é de que se intensifiquem os esforços para assegurar um mercado mais justo para os consumidores e um monitoramento mais rigoroso das práticas na venda de ingressos.
Fonte: (Gizmodo – Cultura Tech & Geek)