
São Paulo — InkDesign News — A era da inteligência artificial (AI) ganha novos contornos com o controvertido lançamento do dispositivo “Friend”, um investimento ambicioso que se transforma rapidamente em foco de críticas no cenário tecnológico atual.
Contexto e lançamento
A empresa Friend, liderada pelo CEO Avi Schiffmann, foi marcada por uma campanha publicitária de um milhão de dólares nas estações de metrô de Nova York, que gerou mais controvérsias do que apoio. O produto original, um pingente que ficava sempre escutando, gerou uma rejeição significativa do público desde sua concepção, refletindo uma resistência histórica a tecnologias vestíveis que gravam constantemente. Este desplante no mercado levou a empresa a um reposicionamento, migrando para uma interface de chatbot mais tradicional.
Design e especificações
O design inicial do “Friend” consistia em um pingente vendido a $129 que prometia uma interação contínua e assistida. No entanto, o conceito enfrentou resistência relacionada ao custo e à sua intrusividade. Com a nova interface web, a empresa pretende alcançar um público mais amplo, oferecendo uma forma acessível e gratuita de interação, embora sem as funcionalidades agregadas à versão física. O CEO Schiffmann destacou que o uso da palavra “usuário” é flexível, considerando qualquer interação, mesmo mínima, como significativa.
Repercussão e aplicações
A recepção ao “Friend” tem sido polarizadora. Após a viralização de vandalismos contra seus anúncios, Schiffmann declarou, “As pessoas não vandalizam um anúncio irrelevante, certo?” Em resposta a críticas sobre a superficialidade das interações, ele insinuou que interagir com o chatbot é “equivalente a falar com um deus”. No entanto, muitos usuários consideram essa visão exagerada. Vários comentaristas e especialistas em tecnologia criticaram a superficialidade da abordagem de Schiffmann e questionaram a real eficácia da ferramenta em proporcionar conexão emocional.
A soma de 200 mil usuários não garante profundidade nas interações.
(“You have created a friend and have made a memory.”)— Avi Schiffmann, CEO, Friend
Com o lançamento da plataforma web, a expectativa é que a empresa capture a atenção de pessoas solitárias em busca de interações, canalizando suas ambições através de métricas que podem ser mais elogiosas para a empresa, mesmo que superficiais. No entanto, a verdadeira aceitação do mercado e a transição para vendas do dispositivo físico permanecem incertas, conforme a crítica continua a crescer.
Avi parece buscar atenção acima de tudo.
(“People don’t vandalize an irrelevant ad, right?”)— Avi Schiffmann, CEO, Friend
À medida que a tecnologia avança, a Friend pode encontrar um nicho em um mercado que busca conexões, tanto virtuais quanto reais, afetando não apenas a interação social, mas também o design de produtos voltados ao público solitário.
Fonte: (Gizmodo – Cultura Tech & Geek)