
São Paulo — InkDesign News — Charlie Javice, fundadora da startup de auxílio financeiro Frank, foi condenada a sete anos de prisão por fraude. A fintech, adquirida pelo JPMorgan Chase em 2021 por US$ 175 milhões, foi alvo de acusações após a revelação de que Javice apresentou dados falsos sobre sua base de clientes.
Rodada de investimento
A aquisição da Frank pelo JPMorgan levantou questões sobre a devida diligência no setor financeiro. A fundadora alegou que a empresa contava com 4 milhões de clientes, enquanto o número real foi estimado em apenas 300 mil. O banco, portanto, enfrentou uma potencial perda financeira substancial, que culminou nas acusações contra Javice.
“Ela alegou que a startup tinha 4 milhões de clientes, quando na verdade tinha 300 mil.”
— Representante do JPMorgan Chase
API e integração
O testemunho de ex-colaboradores revelou que, antes da venda, Javice teria solicitado a um engenheiro da Frank que criasse dados de usuários falsos. A recusa dele levou à consultoria de Adam Kapelner, um professor de matemática e cientista de dados, que corroborou a fraude ao fornecer dados sintéticos, demonstrando preocupações éticas no uso de machine learning e análise de dados no setor de fintech.
Regulação
Javice, junto a seu co-acusado, Olivier Amar, chefe de crescimento da Frank, terá a responsabilidade de pagar US$ 278,5 milhões em restituição. Este caso destaca a necessidade de regulamentações mais estritas e transparência no setor de fintech, especialmente em aquisições significativas onde o valor da empresa está atrelado à veracidade das informações apresentadas.
Os próximos passos para o setor envolvem um foco renovado em compliance e auditoria rigorosa, visando evitar fraudes semelhantes. Investidores e reguladores devem estar atentos à integridade das startups que operam no espaço de fintech.
Fonte: (TechCrunch – Fintech & Pagamentos)