
Brasília — InkDesign News — O novo boletim InfoGripe, publicado pela Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz) em 3 de outubro, revela que os casos de Síndrome Respiratória Aguda Grave (SRAG) mantêm-se elevados na maior parte do Brasil, com variações significativas nas regiões.
Contexto e objetivos
A atual situação de saúde pública reflete um aumento significativo nos casos de SRAG, especialmente em decorrência de infecções por vírus respiratórios. A meta do InfoGripe é monitorar a prevalência desses vírus e informar a população sobre a necessidade de vacinação, principalmente entre os grupos mais vulneráveis, como idosos e crianças.
Metodologia e resultados
A análise abrangeu as últimas quatro semanas epidemiológicas, revelando 33,4% de casos positivos para influenza A, 1,1% para influenza B, 47,7% para o vírus sincicial respiratório, 20,6% para rinovírus e 1,8% para Sars-CoV-2 (covid-19). A pesquisadora Tatiana Portella destacou que o predomínio da influenza A e do VSR é preocupante, uma vez que ambos são responsáveis pela maior parte das hospitalizações.
“Por isso, a gente reforça a importância da vacinação contra a influenza. O SUS [Serviço Único de Saúde] disponibiliza a vacina de graça para os grupos prioritários, então é fundamental que todos estejam vacinados. Mesmo que você já tenha tido gripe este ano, é importante se vacinar, já que a vacina protege contra os três principais tipos de vírus da influenza que infectam humanos”
(“Therefore, we emphasize the importance of vaccination against influenza. SUS [Unified Health System] offers the vaccine free of charge for priority groups, so it is crucial that everyone gets vaccinated. Even if you have already had the flu this year, it is important to get vaccinated, as the vaccine protects against the three main types of influenza viruses that infect humans.”)— Tatiana Portella, Pesquisadora, InfoGripe
Implicações para a saúde pública
Os dados epidemiológicos indicam um nível de alerta em seis estados brasileiros, incluindo Alagoas, Mato Grosso e Roraima. O aumento de hospitalizações por SRAG se mantém alto entre os idosos, salientando a necessidade de políticas eficazes de vacinação e conscientização. Preservar a saúde pública passa pela mobilização de campanhas que incentivem a vacinação, visando reduzir a incidência do vírus, particularmente em populações vulneráveis.
“A incidência de SRAG apresenta maior impacto nas crianças pequenas, estando associada principalmente ao VSR, seguido do rinovírus e da influenza A”
(“The incidence of SRAG has a greater impact on small children, being primarily associated with RSV, followed by rhinovirus and influenza A.”)— Tatiana Portella, Pesquisadora, InfoGripe
A vacinação e o conhecimento sobre a vacinação são cruciais para a mitigação dos riscos associados a essas infecções virais. A manutenção de estratégias de monitoramento e resposta rápida é essencial para lidar com a evolução da pandemia.
Fonte: (Agência Brasil – Saúde)