
São Paulo — InkDesign News —
A FCC (Comissão Federal de Comunicações dos Estados Unidos) está revisitando regulamentações que podem transformar a propriedade da mídia no país, especialmente no que diz respeito às grandes redes de televisão como NBC, ABC, CBS e Fox.
Contexto e lançamento
A proposta da FCC, anunciada recentemente, visa reavaliar normas datadas da década de 1940 que proíbem a posse de mais de uma das quatro principais redes de televisão por uma única empresa. Atualmente, a NBC é pertencente à Comcast, a Walt Disney Company controla a ABC, a Paramount Skydance — resultado de uma fusão recente — é dona da CBS, e a Fox Corporation mantém a Fox. Esses regulamentos foram implementados para garantir a diversidade de vozes na mídia, aspecto fundamental em sociedades democráticas, mas têm sido alvo de críticas e debates acirrados nos últimos anos.
Design e especificações
A FCC não está apenas considerando a questão da propriedade das emissoras nacionais, mas também analisando limites de posse que impeçam uma única empresa de controlar mais de duas estações de televisão em um mesmo mercado. Da mesma forma, regras similares estão em avaliação para estações de rádio. O movimento da FCC, embora previsto por lei a cada quatro anos, ganha contornos de urgência no cenário atual, onde as mudanças rápidas nas tecnologias de comunicação e a concentração de mídia suscitam preocupações sobre o pluralismo informativo.
Repercussão e aplicações
A reação à possível mudança de regulamentação já começa a se manifestar no setor midiático e na esfera pública. O comissário Brendan Carr, que esteve no centro de controvérsia após críticas a programas de humor, como o de Jimmy Kimmel, afirma que “não houve ameaça” em suas declarações a respeito da possibilidade de sanções a uma emissora se Kimmel não fosse demitido.
(“There was no threat made or suggested that if Jimmy Kimmel didn’t get fired, that someone was going to lose their license.”)
— Brendan Carr, Comissário, FCC
As manifestações de apoio e oposição em relação a Carr e às práticas da FCC se intensificam, especialmente considerando o impacto que a concentração de mídia pode ter sobre a liberdade de expressão. A pressão pública e a perda de assinantes que Disney enfrentou quando decidiu suspender o programa de Kimmel são provas de que o ambiente midiático atual é volátil e extremamente reativo às ações das grandes corporações e do governo.
“A capacidade de criticar o presidente não deve ser cerceada por ameaças.”
(“Anyone is, in fact, allowed to criticize the president.”)
— Trump, Ex-presidente, EUA
A discussão contínua sobre a propriedade da mídia nos Estados Unidos reflete uma tendência global em direção ao fortalecimento das regulamentações que visam garantir a diversidade de conteúdos. As próximas semanas serão decisivas, com eventos programados que pode redesenhar o panorama midiático na América.
Fonte: (Gizmodo – Cultura Tech & Geek)