
São Paulo — InkDesign News —
Estudo da Microsoft revela dez novas categorias de falhas em agentes de IA, destacando ameaças como comprometimento do agente, injeção indireta de comandos e envenenamento de memória, que podem resultar em ações maliciosas dentro de ambientes corporativos.
Vetor de ataque
Os agentes de IA operam com autonomia para executar tarefas complexas, mas esta capacidade expõe vetores de ataque inéditos. Entre eles, o comprometimento do agente permite que invasores controlem o sistema; a injeção indireta de prompt manipula comandos fornecidos ao agente para alterar seu comportamento; o bypass do humano no loop retira a supervisão crítica do processo; e o envenenamento de memória altera bases de conhecimento utilizadas pelo agente. Um caso prático mostrado pela Microsoft envolveu o envio de um comando malicioso via e-mail que modificou a base de memória do agente, provocando ações indesejadas como o direcionamento de mensagens a um invasor.
Impacto e resposta
Essas falhas podem comprometer a segurança e integridade dos sistemas, levando a vazamentos de dados sensíveis, decisões erradas e potenciais danos aos usuários. A diversidade arquitetural e funcional dos agentes de IA torna a identificação dos modos de falha um desafio. Entre as medidas recomendadas, a pesquisa enfatiza a importância do monitoramento exaustivo das atividades dos agentes, registro de logs, avaliações frequentes por equipes de red team e a adoção de uma arquitetura robusta que delimite fronteiras de confiança entre os componentes do sistema.
“Com base em [nossa] pesquisa e experiência com sistemas agentes em desenvolvimento hoje, existem várias questões na taxonomia que sinalizamos como desafios mais imediatos.”
(“Based on [our] research and experience [with] agentic systems being developed today, there are several issues in the taxonomy that we flag as being more immediate challenges.”)— Pete Bryan, Líder Principal de Pesquisa em Segurança de IA, Microsoft
Análise e recomendações
Desenvolvedores devem realizar modelagem de ameaças específica para os agentes utilizados, priorizando diligentemente a mitigação das vulnerabilidades mais críticas. Técnicas como o envenenamento de memória, pela facilidade e persistência do ataque, requerem atenção especial. A Microsoft recomenda o emprego de estratégias de defesa em profundidade, começando no nível arquitetural, e a implementação de ferramentas automatizadas, como a Python Risk Identification Tool para IA generativa (PyRIT), que auxiliam na identificação precoce de comportamentos anômalos. Além disso, deve-se evitar tratar a saída gerada pela IA como fonte completamente confiável, mantendo revisão constante e testes manuais ao longo do ciclo de vida do sistema.
“Para construir confiança na segurança do sistema, as empresas precisarão combinar modelagem eficaz de ameaças com avaliações automatizadas e red teaming manual pré-lançamento.”
(“To build confidence in a system’s safety and security, companies will need to combine effective threat modeling with automated assessments and manual red teaming prelaunch.”)— Pete Bryan, Líder Principal de Pesquisa em Segurança de IA, Microsoft
Com o crescimento do uso de agentes de IA em ambientes corporativos, a atenção à segurança cibernética se torna imperativa para evitar possíveis compromissos sistêmicos. Espera-se que novas atualizações e ferramentas de segurança surjam para acompanhar essa evolução, reforçando a defesa contra ataques sofisticados.
Fonte: (Dark Reading – Segurança Cibernética)