Ex-ministro alerta que Bolsonaro já usou R$ 8 mi em vaquinha e pede PIX ao governo

Brasília — InkDesign News —
O ex-ministro do Turismo e Cultura, Gilson Machado Neto (PL), divulgou em suas redes sociais que o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) já utilizou metade dos R$ 17 milhões arrecadados por meio de vaquinha digital em um ano. Segundo Machado, os fundos são destinados a despesas pessoais, jurídicas e com apoio familiar, em meio aos desdobramentos políticos que cercam a figura do ex-presidente após sua derrota eleitoral.
Contexto político
A arrecadação dos R$ 17 milhões por Jair Bolsonaro ocorreu durante campanha de financiamento coletivo para suporte pós-mandato, viabilizada por meio de doações digitais. Gilson Machado Neto, que integrou o governo Bolsonaro, ressaltou que a destinação desses recursos inclui pagamento de passagens, despesas hospitalares e jurídicas, além do auxílio financeiro ao deputado federal Eduardo Bolsonaro (PL), que solicitou licença da Câmara para residir nos Estados Unidos a partir de março deste ano, em decorrência de decisões do Supremo Tribunal Federal (STF).
Reações e debates
“Eu quero dizer que o presidente recebeu na outra campanha 17 milhões de reais, mas já gastou em um ano, 8 milhões, já começou a desidratar, é por isso a nossa preocupação, a gente vai deixar o presidente desidratar?”
— Gilson Machado Neto, ex-ministro do Turismo e Cultura
Machado também fez menção à polêmica recente envolvendo o Instituto Nacional do Seguro Social (INSS), destacando diferenças éticas entre seu grupo político e opositores:
“A nossa índole é pedir, e jamais colocar a mão no dinheiro dos aposentados, no dinheiro brasileiro, como a esquerda fez agora”.
— Gilson Machado Neto, ex-ministro do Turismo e Cultura
Desdobramentos e desafios
O uso expressivo dos recursos arrecadados levanta questões sobre a transparência e destinção dos fundos no contexto das tensões políticas que marcam os anos pós-eleição presidencial de 2022. A relação financeira entre Bolsonaro e seu filho Eduardo, que enfrenta restrições judiciais para viagens internacionais, adiciona complexidade ao cenário político e jurídico. Além disso, o debate sobre financiamento de campanhas via vaquinha digital também perpassa a discussão sobre o papel das redes sociais e plataformas digitais em movimentos políticos contemporâneos.
Enquanto isso, as vozes críticas ao governo petista apontam para casos recentes de fraudes institucionais, buscando relativizar comportamentos do campo político rival, o que mantém acirrada a polarização no país. A continuidade desses casos poderá influenciar as estratégias políticas e ações judiciais nos próximos meses.
Assim, a administração política e financeira das campanhas e as repercussões decorrentes dos comportamentos atribuídos aos protagonistas desse período configuram um quadro de incertezas e oportunidades para a regulação da política brasileira e o exercício da fiscalização pública.
Fonte: (CNN Brasil – Política)