
São Paulo — InkDesign News — Em um esforço para suavizar as tensões comerciais, os Estados Unidos, através do secretário de Comércio, Howard Lutnick, identificaram objetivos de desescalada nas negociações bilaterais com a China, que ocorrem em Genebra, prevendo acordos comerciais nos próximos meses.
Panorama econômico
A dinâmica das negociações entre as duas potências envolve tarifas altas, como as impostas pela China, somando 125%, e pelos EUA, com 145%. Essas tarifas têm sido vistas como um obstáculo na retomada do diálogo entre as nações. Lutnick detalhou em entrevista que o objetivo é renegociar essas tarifas, que ele classifica como “impedimentos para a negociação”. A situação atual é uma extensão da política comercial da administração Trump, que busca utilizar tarifas como um instrumento para impulsionar a produção interna e resolver questões estruturais cabais na indústria norte-americana.
Indicadores e análises
Os dados indicam que as tarifas estão em níveis que dificultam não só a negociação bilateral mas também afetam a circulação de bens e serviços. Segundo Lutnick, “nos próximos três meses, esta política verá acordos comerciais um após o outro” (”This policy will see trade agreements one after another in the next three months.”). O impacto dos acordos dependerá da disposição das partes em ceder. Por outro lado, o Secretário do Tesouro, Scott Bessent, fez um alerta sobre a situação crítica gerada pelas altas tarifas, afirmando que “é necessário ver se conseguimos retomar a conversa” (“we need to see if we can get the conversation back on track.”) após tentativas de normalização das relações comerciais, particularmente evidentes em sua interação com a China.
Impactos e previsões
As previsões em relação ao setor industrial são cautelosas. As altas tarifas podem levar a um aumento de preços ao consumidor, embora Lutnick afirme que “os preços permanecerão estáveis quando essa política for implementada” (“prices will remain stable when this policy is implemented.”). Especialistas apontam que uma desescalada nas tarifas pode resultar em um alívio nas pressões inflacionárias, beneficiando o setor produtivo e o consumidor final, mas a recuperação efetiva ainda depende de como as negociações se desenrolarão. O foco nos próximos meses será crucial para determinar a direção futura das relações comerciais bilaterais.
Os desdobramentos dessa negociação podem influenciar não apenas a economia dos EUA e da China, mas também o panorama comercial global, exigindo atenção constante dos mercados e formuladores de políticas.
Fonte: (CNN Brasil – Economia)