
Brasília — InkDesign News — O governo dos Estados Unidos anunciou, recentemente, a revogação de vistos de funcionários vinculados ao programa Mais Médicos, além de ações contra representantes de governos africanos, granadinos e cubanos envolvidos na cooperação médica com Cuba, em uma medida que visa aumentar o isolamento da ilha e impactar o Brasil.
Contexto e objetivos
A cooperação médica entre Cuba e diversos países, incluindo o Brasil, tem sido um pilar importante para a saúde pública, oferecendo serviços médicos essenciais a populações em áreas carentes. Com o programa Mais Médicos, que operou de 2013 a 2018, o Brasil recebeu milhares de médicos cubanos, ampliando o acesso à saúde em regiões pouco atendidas. Este estudo visa analizar as repercussões da revogação de vistos e as implicações políticas e sociais dessa medida.
Metodologia e resultados
O programa Mais Médicos mobilizou cerca de 11 mil profissionais cubanos, com foco em melhorar a atenção básica de saúde. Dados do Ministério da Saúde indicam que, apenas no primeiro ano do programa, a cobertura aumentou de 10,8% para 24,6% da população. Contudo, a atual ação do governo americano representa um desafio adicional à continuidade da assistência médica. “Esse esquema enriquece o corrupto regime cubano, ao mesmo tempo em que priva o povo cubano de cuidados médicos essenciais”, afirmou o Departamento de Estado dos EUA.
(“This scheme enriches the corrupt Cuban regime while depriving the Cuban people of essential medical care.”)— Departamento de Estado dos EUA
Implicações para a saúde pública
As pressões diplomáticas dos EUA sobre países caribenhos têm consequências diretas para a saúde pública regional, especialmente em um contexto de pandemia. Chefes de Estado, como a primeira-ministra de Barbados, Mia Mottley, destacaram o papel vital dos médicos cubanos na superação da COVID-19 em sua nação. “A ideia passada por esse governo dos EUA… foi totalmente repudiada e rechaçada por nós”, comentou.
(“The idea presented by this U.S. government… has been completely repudiated and rejected by us.”)— Mia Mottley, Primeira-ministra de Barbados
Com Cuba enviando atualmente 24 mil médicos para 56 países, a revogação de vistos e as ameaças de sanções podem reduzir significativamente a capacidade de atendimento médico em diversas nações. Assim, é fundamental que a comunidade internacional reavalie a eficácia e a ética dessas pressões políticas frente ao bem-estar da população.
Em síntese, o governo deve considerar estratégias que garantam tanto a soberania política quanto a saúde da população, especialmente em um cenário de crise sanitária global.
Fonte: (Agência Brasil – Saúde)