
São Paulo — InkDesign News — Uma nova pesquisa revelou que o consumo diário de manga pode melhorar o controle glicêmico e a composição corporal de indivíduos com pré-diabetes. A descoberta oferece uma abordagem alimentar acessível para mitigar riscos de diabetes tipo 2.
Contexto da descoberta
Mais de 130 milhões de adultos nos Estados Unidos vivem com diabetes ou pré-diabetes, segundo os dados do CDC. E as projeções apontam que, até 2030, cerca de 40% dos adultos americanos poderão ser afetados por pré-diabetes. A identificação precoce e a prevenção são fundamentais, visto que muitos indivíduos permanecem inconscientes de sua condição até o surgimento de complicações.
Métodos e resultados
O estudo, publicado no periódico Foods, foi o primeiro ensaio clínico de longo prazo a evidenciar os benefícios metabólicos e de composição corporal do consumo de mangas em pré-diabetes. Os participantes foram divididos em dois grupos, um consumindo uma manga fresca diariamente e o outro, uma barra de granola com baixo teor de açúcar.
Após 24 semanas, o grupo que consumiu a manga mostrou melhorias significativas nos níveis de glicose no sangue, sensibilidade à insulina e redução da gordura corporal. De acordo com os dados, o grupo de mangas, que consumiu 32 gramas de açúcar, obteve resultados melhores em comparação ao grupo da granola, que tinha 11 gramas de açúcar.
“Nossos achados apoiam e expandem as evidências emergentes sobre os benefícios metabólicos do consumo diário de manga fresca em indivíduos com pré-diabetes.
(“Our findings support and expand emerging evidence on the metabolic benefits of daily fresh mango consumption in individuals with prediabetes.”)— Dr. Raedeh Basiri, Pesquisadora de Nutrição Clínica, Universidade George Mason
Implicações e próximos passos
A pesquisa sugere que, ao incorporar frutas inteiras, como mangas, na dieta, é possível desenvolver estratégias práticas de alimentação saudável para a prevenção do diabetes. Embora o açúcar presente nas frutas seja importante, o contexto alimentar é crucial.
Future studies should explore não apenas o controle glicêmico, mas também os efeitos de longo prazo do consumo de mangas em diversas populações e os mecanismos biológicos que geram esses benefícios. O foco deve estar em como os compostos bioativos da manga podem modular a sinalização da insulina e a inflamação.
Além disso, a inclusão de biomarcadores dietéticos objetivos pode aumentar a precisão da pesquisa. Há uma necessidade de investigar também os impactos da manga em outras vias metabólicas e mudanças na expressão gênica, considerando que as respostas alimentares podem variar entre indivíduos.
A descoberta abre um novo horizonte para intervenções dietéticas, reforçando a importância de opções alimentares simples e naturais na abordagem de problemas de saúde emergentes.
Fonte: (sci.news– Ciência & Descobertas)