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Ciência & Exploração

Estudo revela camelos em arte rupestre de 12 mil anos

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Nefud, Arábia Saudita — InkDesign News — Uma equipe internacional de arqueólogos identificou gravuras rupestres milenares em uma caverna no Deserto de Nefud, no norte da Arábia Saudita, datadas de até 12 mil anos. O estudo publicado na Nature Communications revela detalhes inéditos sobre a vida humana pré-histórica na região, desafiando estimativas anteriores sobre o início da ocupação desse ambiente árido.

O Contexto da Pesquisa

Humanos expandiram-se para a região do norte da Arábia há aproximadamente 12 mil anos, período até então pouco documentado, especialmente pelo caráter inóspito do deserto. Pesquisadores acreditavam que a ocupação humana relevante só teria início há cerca de 10 mil anos, impulsionada pelo surgimento de oásis. A recente descoberta reposiciona essa linha do tempo, sugerindo ocupação humana anterior e indicando mobilidade associada à busca por fontes de água sazonais. A escassez de registros foi parcialmente atribuída à aridez do período, porém novos vestígios arqueológicos e artísticos, como gravuras e ferramentas, apontam para interações ambientais dinâmicas.

Resultados e Metodologia

No interior da caverna, foram catalogados mais de 130 painéis esculpidos com representações realistas em tamanho natural de camelos, gazelas, íbex, equídeos selvagens e o extinto auroque. Metodologias que integraram datação de sedimentos, análise de ferramentas líticas — como pontas de seta tipicamente associadas ao período Holocênico da região do Levante — e mapeamento dos estratos das gravuras, permitiram aos pesquisadores reconstruir sequências de ocupação e atividades dos autores. Entre os objetos, destacam-se 532 ferramentas líticas e contas de conchas originárias do mar, localizado a pelo menos 320 km de distância.

“Sabemos que havia lagos rasos e sazonais, mas provavelmente o clima ainda era seco demais para a vegetação se estabelecer de forma definitiva. Os habitantes possuíam alta mobilidade, evidenciada, por exemplo, por contas de conchas oriundas do mar.”
(“We know there were shallow, seasonal lakes, but it was probably too dry for vegetation to become established. We know they must have been very mobile–they have shell beads that came from the sea.”)

— Dr. Maria Guagnin, arqueóloga, Max Planck Institute of Geoanthropology

A presença de grandes painéis em locais de difícil acesso e a precisão com que retratavam os animais intrigaram os pesquisadores. Segundo Guagnin, o simbolismo dos camelos, frequentemente inscritos na estação das chuvas, evidencia a importância dos ciclos de água para a sobrevivência local.

“O simbolismo do camelo era central para eles. As gravuras mostram machos na estação reprodutiva, que coincide com o período úmido. Acreditamos que isso expressa a importância da chuva para a sobrevivência no deserto.”
(“The symbolism of the camel was very important to them. The rock art often shows male camels during the mating season, which coincides with the wet season. We think this probably shows how important the arrival of rain was for survival in the desert.”)

— Dr. Maria Guagnin, arqueóloga, Max Planck Institute of Geoanthropology

Implicações e Próximos Passos

As evidências sugerem que as populações do norte da Arábia, cerca de 2 mil anos antes do que se pensava, eram mais adaptáveis e interconectadas do que considerado pelas correntes antropológicas predominantes. O estudo amplia o entendimento sobre rotas de mobilidade e intercâmbio de objetos e ideias na Antiguidade. Os pesquisadores planejam expandir a escavação e análise comparativa dos artefatos líticos, visando decifrar possíveis relações entre grupos humanos do Levante e da Península Arábica.

A descoberta estimula debates sobre a resiliência e criatividade humanas diante de ambientes extremos. Novos levantamentos tecnológicos e análises isotópicas podem desvendar detalhes sobre dietas, rotas migratórias e alterações climáticas do passado.

Fonte: (Popular Science – Ciência)

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Tiago F Santiago

Tiago F. Santiago é Analista de Marketing na C2HSolutions, onde, em sua atuação fixa, combina estratégia e tecnologia para impulsionar soluções digitais. Paralelamente, dedica-se como hobby à InkDesign News, contribuindo com a criação de notícias e conteúdos jornalísticos. Apaixonado por programação, ele projeta aplicações web e desenvolve sites sob medida, apoiando-se em sua sólida expertise em infraestrutura de nuvem — dominando Amazon Web Services, Microsoft Azure e Google Cloud — para garantir que cada projeto seja escalável, seguro e de alta performance. Sua versatilidade e experiência técnica permitem-lhe transformar ideias em produtos digitais inovadores.

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