Estudo revela ancestrais de salmão em águas do Alasca há 73 milhões de anos

[Príncipe Creek, Alasca] — InkDesign News — Paleontologistas descobriram fósseis de três novas espécies de peixes, incluindo a mais antiga espécie de salmão conhecida, Sivulliusalmo alaskensis, na Formação Príncipe Creek, no norte do Alasca, EUA.
Contexto da descoberta
Essa descoberta se dá em um contexto geológico rico, com a Formação Príncipe Creek sendo famosa por seus fósseis de dinossauros. Durante o período Cretáceo, a região do Alasca estava situada mais próxima ao Polo Norte, favorecendo um ambiente propício para a diversidade de peixes.
“Sivulliusalmo alaskensis não é apenas uma nova espécie, é o salmão mais antigo já encontrado no registro fóssil”, destacou Dr. Patrick Druckenmiller, diretor do Museu da Universidade do Alasca.
Métodos e resultados
A equipe de pesquisa utilizou técnicas avançadas, como tomografia computadorizada em microescala, para reconstruir digitalmente mandíbulas e dentes fossilizados. Foi relatado que a nova espécie adiciona 20 milhões de anos à história fóssil da família dos salmonídeos.
Além do Sivulliusalmo alaskensis, o estudo documentou duas novas espécies de lúcios: Archaeosiilik gilmulli e Nunikuluk gracilis, além do registro mais antigo do grupo que inclui carpas e lambaris.
“É notável que os salmonídeos, que tendem a preferir água mais fria, estavam prosperando mesmo durante o aquecimento do Cretáceo”
(“It’s notable that salmonids, which tend to prefer colder water, were thriving even during the warmth of the Cretaceous.”)— Dr. Andrés López, Curador de Peixes, Universidade do Alasca
Implicações e próximos passos
A presença dos salmonídeos nas regiões polares durante o Cretáceo e a ausência de peixes típicos de latitudes mais baixas indicam que a família dos salmões pode ter se originado no norte, com essas regiões servindo como um “cadinho” da história evolutiva deste grupo.
A pesquisa propõe que, apesar das mudanças drásticas em geografia e clima ao longo dos milhões de anos, ancestralidades de espécies que dominam as águas doces da região ainda persiste. A continuidade das pesquisas no local poderá fornecer insights adicionais sobre a evolução e adaptação de espécies aquáticas a ambientes em mudança.
Fonte: (sci.news– Ciência & Descobertas)