
São Paulo — InkDesign News — Uma nova pesquisa realizada por astrônomos do programa Chicago-Carnegie Hubble sugere que as medições mais recentes da constante de Hubble são consistentes com o modelo padrão Lambda de matéria escura fria (ΛCDM), sem necessidade de novos ajustes físicos.
Contexto da descoberta
A constante de Hubble é crítica para a compreensão da taxa de expansão do universo. As medições tradicionais enfrentam desafios significativos, levando a discrepâncias em diferentes resultados. Recentemente, a equipe liderada pela professora Wendy Freedman da Universidade de Chicago utilizou o Telescópio Espacial James Webb, que tem avançadas capacidades de observação, para refinar essas medições.
Métodos e resultados
A equipe adota duas abordagens principais para calcular a expansão do universo. Primeiramente, eles analisam a Radiação Cósmica de Fundo, vestígio do Big Bang. Em paralelo, a habilidade de medir distâncias em nossa vizinhança cósmica é crucial. Ao utilizar supernovas, cuja luminosidade máxima é conhecida, a distância é estimada a partir de seu brilho aparente. Com a nova tecnologia do Webb, que possui quatro vezes a resolução do Hubble, a amostra de galáxias calibradas para supernovas foi ampliada.
“O aprimoramento estatístico é significativo. Isso fortalece consideravelmente o resultado.”
(“The statistical improvement is significant. This considerably strengthens the result.”)— Wendy Freedman, Professora, Universidade de Chicago
As medições mais recentes indicam um valor de 70,4 km por segundo por megaparsec, com uma margem de erro de 3%. Este resultado se alinha com a medição da Radiação Cósmica de Fundo de 67,4 km por segundo por megaparsec, que tem uma margem de erro de apenas 0,7%.
Implicações e próximos passos
As implicações dessa pesquisa são profundas para a cosmologia, já que as discrepâncias na constante de Hubble têm levado a debates acalorados sobre a natureza do universo. Professor Freedman observa que “ainda há possibilidades de descobertas futuras que possam desafiar o modelo, mas a constante de Hubble não parece ser uma delas”.
A equipe irá continuar utilizando tecnologias avançadas para melhorar as medições de distância, com o objetivo de entender melhor a dinâmica da expansão do universo. O avanço significativo no uso do Webb para eliminar obstáculos históricos — como a poeira cósmica que obscurece as medições — representa um passo promissor na pesquisa astronômica.
As futuras linhas de pesquisa podem revelar novos fenômenos que ainda não compreendemos totalmente, reforçando a importância de continuar investindo em tecnologias de observação. O próximo desafio será explorar se toda a variedade de velocidades de expansão do universo poderá ser explicada somente pelo modelo atual ou se novas teorias serão necessárias.
Fonte: (sci.news– Ciência & Descobertas)