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Ciência & Exploração

Estudo avalia carne moída com resíduos de maçã

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Ithaca, Universidade Cornell — InkDesign News — Pesquisadores da Universidade Cornell, em Ithaca, Nova York, desenvolveram um método sustentável para incorporar resíduos de maçã em receitas de carne moída. Um estudo publicado recentemente indica que até 20% desse resíduo, conhecido como pomace, pode substituir o componente animal nas almôndegas sem alterações perceptíveis no sabor para os consumidores participantes.

O Contexto da Pesquisa

O processamento de maçãs nos Estados Unidos gera um volume expressivo de resíduos: cerca de 10 bilhões de libras foram colhidas na safra 2023-2024, segundo o Departamento de Agricultura dos EUA (USDA). Estima-se que entre 25% e 30% desse total se converta em subprodutos como casca, caroço, polpa e sementes — resíduos geralmente descartados ou convertidos em ração animal e adubo. No entanto, parte significativa desse material orgânico ainda vai parar em aterros sanitários, emitindo metano, um potente gás de efeito estufa.

Resultados e Metodologia

Os cientistas Peter Gracey e Elad Tako testaram a inclusão do chamado pomace, obtido mediante secagem e moagem dos resíduos de maçã, em diferentes proporções na composição de carne moída. Em experimentos com almôndegas preparadas com 10% e 20% de pomace, mais de cem voluntários participaram de testes cegos de degustação. Embora o incremento de 20% tenha influenciado discretamente a cor interna e o rendimento do preparo, “o painel sensorial relatou ‘nenhuma diferença significativa’ nas refeições”, de acordo com os autores.

Além do aspecto sensorial, houve incremento nutricional: a mistura apresentou maiores níveis de fibras, micronutrientes, polifenóis e pectina. Como observa Tako:

“It’s a win-win-win. It could mean more natural, better-for-you products for meat companies and the people who care about getting enough protein and other nutrients, but also provide a new income stream for apple and cider producers.”
(“É um ganha-ganha-ganha. Pode significar produtos mais naturais e saudáveis para as empresas de carne e para quem se preocupa com a ingestão de proteína e outros nutrientes, mas também proporcionar uma nova fonte de renda para produtores de maçã e sidra.”)

— Elad Tako, pesquisador, Universidade Cornell

Os pesquisadores utilizaram maçãs das variedades Empire, Cortland e Red Delicious. O resíduo foi obtido de um espremedor comercial, liofilizado por 48 horas e reduzido a pó antes da hidratação e incorporação à carne bovina magra.

Implicações e Próximos Passos

O aproveitamento do pomace procura fechar o ciclo dos resíduos alimentares na indústria e pode contribuir para redução de emissões de metano e carbono associadas ao descarte e transporte desses resíduos. Para Gracey, a inovação representa “soluções tangíveis e ecológicas que finalmente contemplam todas as partes da maçã”.

“I’ve always had a passion for sustainability.”
(“Sempre tive uma paixão pela sustentabilidade.”)

— Peter Gracey, cientista alimentar, Universidade Cornell

Especialistas sugerem que a ampliação do uso desse subproduto poderia gerar benefícios simultâneos ao meio ambiente, à saúde dos consumidores e à cadeia agroindustrial. Estudos futuros poderão investigar a aplicação em outros tipos de alimentos e avaliar efeitos nutricionais em longo prazo.

O campo da ciência de alimentos pode ganhar um novo agente sustentável, integrando resíduos agrícolas à dieta humana e promovendo uma indústria mais circular (ver também /tag/ciencia/). A adoção em larga escala dependerá de ajustes em processos industriais e da aceitação do público e do mercado.

Fonte: (Popular Science – Ciência)

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Tiago F Santiago

Tiago F. Santiago é Analista de Marketing na C2HSolutions, onde, em sua atuação fixa, combina estratégia e tecnologia para impulsionar soluções digitais. Paralelamente, dedica-se como hobby à InkDesign News, contribuindo com a criação de notícias e conteúdos jornalísticos. Apaixonado por programação, ele projeta aplicações web e desenvolve sites sob medida, apoiando-se em sua sólida expertise em infraestrutura de nuvem — dominando Amazon Web Services, Microsoft Azure e Google Cloud — para garantir que cada projeto seja escalável, seguro e de alta performance. Sua versatilidade e experiência técnica permitem-lhe transformar ideias em produtos digitais inovadores.

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