Estudo aponta recuperação da camada de ozônio nas próximas décadas

São Paulo — InkDesign News —
Uma nova pesquisa aponta que a camada de ozônio está se recuperando, com o buraco na Antártica em 2024 sendo menor em comparação aos anos anteriores, segundo um relatório da Organização Meteorológica Mundial (WMO).
Contexto da descoberta
A camda de ozônio, que desempenha um papel crucial na proteção da Terra contra a radiação UV, apresentou um déficit máximo de massa de ozônio de 46,1 milhões de toneladas em 29 de setembro de 2024. Esse nível está abaixo da média de 1990-2020 e representa uma tendência positiva em relação aos buracos grandes observados entre 2020 e 2023.
A OMM emitiu um alerta sobre as mudanças na camada de ozônio pela primeira vez em 1975. Com políticas contínuas, estima-se que a camada de ozônio pode se recuperar aos valores de 1980 até 2066 na Antártica.
Métodos e resultados
Esta descoberta se baseia em um monitoramento sistemático, que indicou um início mais lento para o buraco de ozônio em 2024. A atividade de desintegração do ozônio foi observada de forma retardada ao longo de setembro, seguida de uma recuperação rápida após a máxima do déficit. “Esse início persistente e mais tardio foi identificado como um forte indicativo de recuperação inicial do buraco de ozônio na Antártica”
“Esse início persistente e mais tardio foi identificado como um forte indicativo de recuperação inicial do buraco de ozônio na Antártica”
(“This persistent later onset has been identified as a robust indication of initial recovery of the Antarctic ozone hole.”)— Especialistas da OMM
Na comparação com dados anteriores, a phase-out de mais de 99% dos produtos químicos que causavam a degradação da camada de ozônio, promovida pelo Protocolo de Montreal, tem se mostrado efetiva na melhora do status da camada.
Implicações e próximos passos
Os resultados sugerem que, se as políticas atuais forem mantidas, podemos esperar uma recuperação significativa da camada de ozônio, reduzindo riscos associados a câncer de pele, cataratas e danos aos ecossistemas. “Apesar do grande sucesso do Protocolo de Montreal, esse trabalho ainda não foi concluído e há uma necessidade essencial de monitoramento rigoroso dos compostos que prejudicam o ozônio”
“Apesar do grande sucesso do Protocolo de Montreal, esse trabalho ainda não foi concluído e há uma necessidade essencial de monitoramento rigoroso dos compostos que prejudicam o ozônio”
(“Despite the great success of the Montreal Protocol in the intervening decades, this work is not yet finished, and there remains an essential need for the world to continue careful systematic monitoring.”)— Matt Tully, Presidente do Grupo Consultivo Científico da OMM sobre Ozone e Radiação Solar UV
O impacto prático dessas descobertas é enorme, pois abre caminho para novas linhas de pesquisa que podem ainda melhorar a saúde ambiental global e a proteção da biodiversidade.
Fonte: (sci.news– Ciência & Descobertas)