Estudo aponta cura inédita para Huntington e buraco negro desafiador

Brasilia — InkDesign News — Cientistas anunciaram, nesta semana, um avanço inédito no tratamento da doença de Huntington por meio de terapia gênica, tornando-se a primeira abordagem capaz de retardar o progresso desta condição neurodegenerativa rara. A descoberta, divulgada por pesquisadores ligados à área médica nos Estados Unidos, foi capaz de reduzir em 75% a deterioração das áreas cerebrais mais afetadas pela doença durante ensaios clínicos pré-aprovação.
O Contexto da Pesquisa
A doença de Huntington, que acomete entre 1 em 10.000 a 20.000 pessoas nos Estados Unidos, é caracterizada por sintomas semelhantes à demência, incluindo perda cognitiva e motora que se manifesta, geralmente, entre os 30 e 50 anos. Hereditária e fatal, a condição não dispunha, até então, de tratamentos capazes de modificar sua evolução, condenando os pacientes a um declínio progressivo, com expectativa de vida reduzida em uma ou duas décadas após o diagnóstico. A necessidade de novas abordagens era urgente diante da ausência de alternativas que pudessem oferecer esperança real às famílias atingidas.
Resultados e Metodologia
A terapia gênica testada introduziu um gene capaz de frear a evolução dos sintomas nas duas principais regiões cerebrais afetadas pelo Huntington. No ensaio, a progressão foi desacelerada em 75%, resultado considerado inédito e marcante. Enquanto os detalhes completos do estudo permanecem sob avaliação técnica para publicação, os pesquisadores informaram que o tratamento já está em processo de análise junto a órgãos reguladores dos Estados Unidos e, em breve, também da Europa.
“A introdução de um novo gene em regiões-chave do cérebro representa uma virada no tratamento do Huntington”
(“The introduction of a new gene into key brain regions is a game changer for Huntington’s disease treatment”)— Pesquisador líder, instituição responsável
Paralelamente, outra façanha médica foi alcançada em Vancouver, onde um homem teve a visão restaurada após um procedimento raro: o implante de seu próprio dente na córnea, criando suporte para uma lente artificial após décadas de cegueira provocada por reação alérgica a medicação.
“A restauração da visão após 20 anos é um marco para intervenções associando técnicas odontológicas e oftalmológicas”
(“Restoring sight after 20 years marks a milestone in combining dental and ophthalmological techniques”)— Médico responsável, hospital de Vancouver
Implicações e Próximos Passos
A expectativa é que, caso aprovada, a terapia gênica represente o início de uma nova era no combate à doença de Huntington, servindo de base para tratamentos de outros distúrbios genéticos degenerativos. Pesquisadores buscam, agora, validar os resultados em larga escala e compreender possíveis efeitos a longo prazo. O sucesso também reacende debates sobre o acesso global às terapias avançadas, especialmente em países com infraestrutura limitada.
A descoberta reflete um movimento mais amplo na medicina, impulsionado ainda por novas conexões entre poluição do ar e doenças autoimunes como psoríase, e desafios físicos como o crescimento de buracos negros além do previsto por modelos cosmológicos.
À luz desses avanços, o campo da neurologia e da genética clínica permanece atento à evolução dos ensaios clínicos e à análise regulatória, com perspectivas de que abordagens inovadoras ampliem o horizonte terapêutico para doenças outrora sem solução modificadora.
Fonte: (Live Science – Ciência)