
São Paulo — InkDesign News — Pesquisas recentes propõem a existência de uma nova classe de corpos estelares, denominados “dwarf escuros”, que teriam um papel significativo na dinâmica de matéria escura nas galáxias, especialmente no centro da Via Láctea.
Detalhes da missão
A proposta dos “dwarf escuros” surge a partir de estudos realizados por uma equipe da Universidade do Havai, que sugeriu que anões marrons, ou “estrelas falidas”, podem atuar como “armadilhas gravitacionais” para a matéria escura. Este fenômeno ocorre principalmente nas regiões centrais das galáxias, onde a matéria escura é mais abundante. A captura da matéria escura resultaria em uma interação que poderia aquecer esses corpos celestes e convertê-los em anões escuros.
Tecnologia e objetivos
Os pesquisadores afirmam que, para a existência de “dwarf escuros”, a matéria escura precisa ser composta por partículas que interagem entre si, como os Partículas Massivas Fracas Interagentes (WIMPs). Jeremy Sakstein, membro da equipe de pesquisa, fez observações sobre a interação gravitacional da matéria escura, afirmando que “a matéria escura interage gravitacionalmente, portanto poderia ser capturada por estrelas e se acumular dentro delas”. Além disso, um indicador químico, o isótopo de lítio-7, pode ser um sinal distintivo de que um objeto estudado realmente seja um anão escuro, visto que este isótopo é rapidamente consumido em estrelas comuns.
Próximos passos
Os próximos passo envolvem a utilização de telescópios avançados como o Telescópio Espacial James Webb para buscar esses anões escuros em locais como o coração da Via Láctea. “Se conseguirmos encontrar um anão escuro, isso fornecerá um forte indício da existência dos WIMPs como partículas de matéria escura”, conclui Sakstein. Os pesquisadores também planejam realizar observações estatísticas para determinar se a população de objetos celestes pode ser melhor descrita incluindo essa subpopulação de “dwarf escuros”.
A proposta sobre a existência de “dwarf escuros” representa um avanço significativo na compreensão da matéria escura e suas interações. Sua detecção poderia colocar em xeque candidatos a partículas que não interagem como se pensava, aprofundando nosso conhecimento sobre a composição do universo.
Fonte: (Space.com – Space & Exploração)