Energy Star corre risco de acabar sob governo Trump e afeta cleantech

Washington, EUA — InkDesign News —
O programa Energy Star da EPA tem sido um pilar fundamental para avanços em sustentabilidade e economia de energia nos Estados Unidos, contribuindo com bilhões em redução de custos energéticos. No entanto, sua continuidade está ameaçada pela atual administração.
Tecnologia renovável
O programa Energy Star, criado em 1992 sob o governo do presidente George H. W. Bush, trabalha em parceria pública-privada com fabricantes de eletrodomésticos e eletrônicos para certificação de produtos eficientes em energia. A etiqueta amarela do programa ajuda consumidores a identificar aparelhos que economizam eletricidade e gás natural, promovendo economia e redução no consumo energético doméstico.
Com orçamento anual de US$ 32 milhões, o Energy Star tem impulsionado a adoção de tecnologias de baixo consumo, gerando um retorno sobre investimento estimado em 350 para 1, o que demonstra a alta eficácia dos recursos aplicados em eficiência energética.
Redução de CO₂
A estimativa aponta que o programa economiza à média dos lares americanos cerca de US$ 450 por ano na conta de energia, o que implica uma significativa redução na demanda por fontes fósseis e, consequentemente, na emissão de gases de efeito estufa.
“Eliminar o programa Energy Star contrariaria diretamente a promessa desta administração de reduzir custos energéticos para residências.”
(“Eliminating the Energy Star program would directly contradict this administration’s promise to reduce household energy costs.”)— Paula Glover, presidente da coalizão sem fins lucrativos Alliance to Save Energy
Casos de uso
Os produtos certificados pelo Energy Star são amplamente encontrados no mercado norte-americano, reduzindo a pegada energética ao incentivar o consumo consciente e incentivar a inovação de fabricantes em tecnologias com maior eficiência.
O programa tem impacto direto tanto no bolso dos consumidores quanto na matriz energética do país, ao diminuir a necessidade de geração adicional a partir de combustíveis fósseis, promovendo avanços em energia renovável e estratégias de carbono-zero.
Com a intenção anunciada pela administração Trump de encerrar o programa, o futuro das políticas de sustentabilidade nos EUA pode enfrentar desafios significativos, especialmente diante das metas globais para mitigação das mudanças climáticas.
Manter iniciativas como o Energy Star é crucial para alinhar crescimento econômico e responsabilidade ambiental, garantindo que tecnologias limpas continuem acessíveis e eficazes no combate às emissões.
Fonte: (TechCrunch – Climate / GreenTech)