
São Paulo — InkDesign News — A relação entre design contemporâneo e a criação de experiências emocionais se fortalece com a nova era digital. Com o crescimento da inteligência artificial, a discussão sobre a humanização do design torna-se mais pertinente, levando empresas a repensarem suas abordagens.
Design de produto
O design de produtos, especialmente no setor de eletrodomésticos, está em transformação. Simon Bradford, VP de Design Digital do Grupo Electrolux, propõe uma mudança de perspectiva: "Não estamos apenas criando produtos, mas orquestrando ‘fluxos de experiência’" (
“Não estamos apenas criando produtos, mas orquestrando ‘fluxos de experiência’
(“We’re not just building products, we’re orchestrating ‘experience flows’”)— Simon Bradford, VP, Electrolux
), enfatizando a necessidade de conectar emocionalmente com os usuários.
Essa nova abordagem sugere que a tecnologia deve permanecer em segundo plano, facilitando momentos intuitivos e memoráveis. Enquanto muitos ainda consideram um forno como uma mera ferramenta de cozinha, a Electrolux busca torná-lo um “companheiro”. Bradford destaca a importância de compreender como os usuários vivem e interagem com esses dispositivos.
Inovação e materiais
A inovação no design requer um equilíbrio entre tecnologia e intuição humana. Bradford não é contra a inteligência artificial, mas enxerga sua potencialidade como um acelerador para a criatividade. A Electrolux emprega métodos tradicionais e digitais, combinando protótipos físicos com análises geradas por algoritmos.
Essas técnicas também incluem a observação pessoal e a empatia no processo de design, um elemento vital na criação de produtos como a lava-louças Comfort Lift. A ideia de permitir que a parte inferior da máquina se levante foi uma solução intuitiva para usuários que enfrentam dificuldades físicas. O resultado não foi apenas funcional, mas emocional, levando a respostas positivas de usuários apaixonados pelo design.
Sustentabilidade e impacto
Além da funcionalidade, o design contemporâneo deve considerar a sustentabilidade. A Electrolux parece estar ciente de que a transformação digital vai além de tecnologia; trata-se de ressoar com os valores de qualidade de vida. Este foco no usuário é visto como um diferencial competitivo relevante.
Bradford reforça a ideia de que "a verdadeira experiência digital deve ser intuitiva para todos" (
“A verdadeira experiência digital deve ser intuitiva para todos.
(“The true digital experience should be intuitive for everyone.”)— Simon Bradford, VP, Electrolux
), defendendo soluções que não excluam nenhum grupo.
Com essas mudanças, o futuro do design orientado por AI e pela empatia sugere um ambiente onde o entendimento do usuário é fundamental. À medida que avançamos, espera-se que novas tendências continuem a moldar a indústria, visando a personalização e a conexão emocional.
Fonte: (yankodesign – Design)