Rio de Janeiro — InkDesign News — A proibição do uso de celulares nas escolas do Rio de Janeiro, iniciada no começo de 2024, tem mostrado resultados significativos no desempenho acadêmico e na socialização dos alunos, com um avanço de 25,7% em matemática e 13,5% em português.
Contexto educacional
A questão da utilização de celulares no ambiente escolar tem sido debatida em diversos fóruns educacionais. O impacto negativo do uso excessivo do celular foi identificado por professores e pais, que relataram distrações constantes durante as aulas. Segundo a Secretaria Municipal de Educação, a decisão de banir o aparelho nas escolas foi baseada na necessidade de criar um ambiente mais focado e produtivo, alinhado às diretrizes da legislação nacional que busca melhorar a qualidade do ensino.
Políticas e iniciativas
A Prefeitura do Rio implementou a proibição como uma iniciativa pioneira, seguindo uma mão maior de incentivos educativos. Dados de instituições de pesquisa, como a Universidade de Stanford, indicam que a medida não apenas elevou o aproveitamento acadêmico, mas também contribuiu para um ambiente escolar mais interativo. O secretário municipal de Educação, Renan Ferreirinha, ressalta que “em matemática é como se os alunos tivessem aprendido um bimestre a mais dentro do mesmo espaço de tempo”.”
“Em matemática é como se os alunos tivessem aprendido um bimestre a mais dentro do mesmo espaço de tempo. Outra coisa interessante é que o impacto no quarto bimestre foi maior do que o impacto no terceiro bimestre, que foi maior do que no segundo… ou seja, houve um ganho progressivo.”
(“In mathematics it’s as if the students had learned an extra term in the same time frame. Another interesting point is that the impact in the fourth term was greater than in the third, which was greater than in the second… that is, there was progressive gain.”)— Renan Ferreirinha, Secretário Municipal de Educação
Desafios e perspectivas
Embora a proibição tenha mostrado resultados positivos, persistem desafios significativos, como a resistência inicial dos alunos e a necessidade de engajamento de toda a comunidade escolar. A diretora do Ginásio Experimental Olímpico, Joana Posidônio Rosa, percebeu que muitos alunos tiveram dificuldades para se adaptar à nova realidade. “Tinha aluno que se recusava, tinha aluno que brigava comigo…”, comenta.
“Antes da proibição, eu tinha que ficar brigando o tempo inteiro, porque como é que o aluno vai prestar atenção, se ele está mexendo no celular?”
(“Before the ban, I had to constantly fight because how can a student pay attention if they are on their phone?”)— Aluísio Barreto da Silva, Professor de História
A experiência no Rio de Janeiro pode servir como modelo para outras cidades brasileiras. A ideia de que a proibição poderia ser um caminho eficaz para a concentração e aprendizado, enquanto ajuda na socialização dos alunos, é abrangente. A redução de conflitos, o aumento da interação social e o foco nas atividades educacionais são, sem dúvida, passos importantes na evolução do ambiente escolar.
Essa legislação não apenas facilita a aprendizagem, mas também auxilia os pais na gestão do uso de tecnologia em casa, demonstrando que intervenções do setor público podem ter um papel fundamental em formação e desenvolvimento juvenil.
Fonte: (Agência Brasil – Educação)
