
São Paulo — InkDesign News — Dunga, campeão do mundo como capitão e técnico da Seleção Brasileira, participou no último dia 5 do programa Galvão e Amigos, da Band, e opinou sobre a próxima contratação de treinador para a equipe nacional, defendendo a preferência por um profissional brasileiro e uma comissão técnica que abrace a experiência dos campeões do mundo, a exemplo da Argentina.
Desenvolvimento do jogo
O ex-técnico da Seleção Brasileira, Dunga, que comandou o time em duas ocasiões (2006-2010 e 2014-2016), destacou a importância de manter o comando da equipe sob gestões brasileiras. Segundo ele, o técnico precisa ser alguém que conheça bem o mercado nacional, mas a comissão técnica pode incorporar elementos estrangeiros, assim como fazem seleções tradicionais, como Argentina, Itália e Alemanha. O gaúcho sugeriu ainda a inclusão na comissão de jogadores campeões do mundo, para apoiar o treinador dentro e fora do campo.
“Eu acho que tem de ser um treinador brasileiro, que conhece o mercado, e levar mais quatro ou cinco jogadores campeões do mundo para respaldar o treinador, não deixar ele sozinho. A parte política deve ficar afastada, e deixar quem é do futebol comandar o futebol.”
— Dunga, ex-técnico da Seleção Brasileira
Destaques e estatísticas
Dunga mencionou a experiência recente de outras potências do futebol, analisando a estrutura das comissões técnicas que acompanham os treinadores na hora das convocações e treinamentos. A presença de ex-jogadores experientes visa proteger o treinador das pressões externas, incluindo política e imprensa, para que ele possa focar exclusivamente no desempenho da equipe.
“A Argentina fez isso, a Itália fez isso, a Alemanha fez isso. Eu levava um ex-jogador a cada convocação, para ajudar. O treinador tem que pensar no time e treinar, e essa comissão vai dar uma proteção com a imprensa, com a parte política da CBF.”
— Dunga, ex-técnico da Seleção Brasileira
Na sua primeira passagem, Dunga venceu a Copa América de 2007 e a Copa das Confederações de 2009, além de levar o Brasil às quartas de final da Copa do Mundo de 2010. Já na segunda, foi desligado após a eliminação na Copa América Centenário de 2016.
Repercussão e próximos passos
A fala de Dunga ressoa em um momento de transição para a Seleção Brasileira, que precisa definir um novo comandante para buscar estabilidade após recentes turbulências. A sugestão de afastar a política do comando do futebol e montar uma comissão técnica experiente e integrada reflete uma preocupação em blindar o treinador para que ele foque no desenvolvimento tático e técnico do elenco.
O exemplo apontado pela Argentina, que recentemente conquistou a Copa América com uma equipe fortalecida, serve como modelo para a CBF. A expectativa é que a entidade siga essa linha para assegurar um projeto de longo prazo, contando com a experiência da comissão técnica e a confiança da torcida brasileira.
O impacto dessa reorganização pode ser decisivo para a próxima fase do futebol nacional, influenciando a preparação da equipe para os desafios em torneios internacionais e a reconquista da hegemonia mundial.
Fonte: (CNN Brasil – Esportes)