
São Paulo — InkDesign News — O jogo ER: The Game, lançado em 2005, se destaca pela sua abordagem inusitada em um gênero que, até então, não explorava o universo das séries de drama médico. Com elementos de gerenciamento e realidade simulada, o título dividiu opiniões entre os aficionados por games e a cultura geek.
Lançamento e features
O jogo foi lançado nos Estados Unidos em maio de 2005 e apenas em setembro do mesmo ano no Reino Unido. Com gráficos semelhantes aos de The Sims 2, foi criado pela Mindscape, permitindo que os jogadores assumissem o papel de um interno em um hospital de Chicago, interagindo com personagens da famosa série, como Noah Wyle e Mekhi Phifer, que contribuíram com suas vozes.
Os jogadores eram desafiados a realizar tarefas dentro de prazos rígidos, enquanto gerenciavam a saúde e as relações de seus personagens. Surpreendentemente, o sistema de progressão no jogo dependia de um “sistema de presente” entre colegas de trabalho, mantendo os jogadores engajados. Uma situação intrigante ocorria quando os pacientes retribuíam com presentes, dependendo da performance do jogador.
Recepção e audiência
Apesar de receber críticas mistas, muitos notaram a “absurda” mistura de elementos realistas e fantasiosos, como a presença de fadas e invasões de ninjás no hospital. O jogo se tornou uma espécie de culto com um número limitado de jogadores, embora a maioria das pessoas não tenha ouvido falar dele. “É certamente o melhor jogo ruim que joguei em muito tempo”, comentou um dos críticos após uma análise.
“É certamente o melhor jogo ruim que joguei em muito tempo.”
(“It’s certainly the best rubbish game I’ve played in as long as I can remember.”)— Autor, PC Gamer
Tendências e mercado
A popularidade de ER: The Game destaca um período em que jogos baseados em séries de TV eram comuns, mas o mercado atual parece ter se distanciado desse tipo de tie-in. Jogos da Telltale como CSI e Prison Break trazem à mente exemplos da era. Atualmente, títulos de sucesso continuam a ser lançados, mas a inovação vem com games que variam de battle royale a narrativas dinâmicas. “Precisamos de mais jogos ruins baseados em grandes franquias, ou qual é o sentido?”, questionou um entusiasta da indústria.
O game, embora não disponível comercialmente, ainda faz parte de uma nostalgia compartilhada por aqueles que o jogaram, destacando a necessidade da preservação dos jogos antigos. A campanha para trazer ER: The Game de volta, para que novas audiências possam experimentá-lo, já ganhou força entre os fans.
No horizonte, eventos de tecnologia e gaming prometem trazer novidades que podem impactar a forma como os jogos baseados em mídias populares são desenvolvidos, refletindo um mercado mais inovador e adaptável.
Fonte: (Kotaku – Cultura Tech & Geek)